Pesquisa realizada nos EUA revela que metabolismo da bebida no corpo gera substância capaz de causar danos ao DNA
Cientistas da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, encontraram a primeira evidência de que o consumo de álcool pode aumentar o risco de câncer.
A pesquisa, apresentada no Encontro Anual da American Chemical Society, revela que o corpo humano metaboliza, ou seja, quebra as moléculas de álcool contidas em cervejas, vinhos e destilados gerando substância similar ao acetaldeído, composto carcinogênico relacionado a tumores nos pulmões, nariz, cérebro e sangue (leucemia).
Estudos anteriores mostraram que o acetaldeído pode causar danos ao DNA, desencadeando alterações cromossômicas em culturas de células e atuando como um agente cancerígeno.
Segundo a líder da pesquisa Silvia Balbo, a maioria das pessoas tem um mecanismo de reparo natural altamente eficaz para corrigir falhas no DNA, uma enzima chamada desidrogenase que converte o acetaldeído em acetato, substância relativamente inofensiva. No entanto, algumas pessoas são mais suscetíveis a terem problemas.
Ela sugere, por exemplo, que cerca de 30% das pessoas de ascendência asiática não têm essa enzima capaz de transformar o álcool em acetato. Isso resulta em um maior risco de câncer de esôfago. Além dos orientais, americanos (incluindo nativos do Alasca) apresentam uma deficiência na produção da desidrogenase.
Para testar a hipótese, os pesquisadores forneceram a dez voluntários doses crescentes de vodka, uma vez por semana, durante três semanas.
Eles descobriram que, horas após a ingestão de álcool, os níveis de um marcador biológico do DNA aumentavam até 100 vezes nas células orais das pessoas, e diminuíam depois de 24 horas. O mesmo efeito foi observado nas células sanguíneas.
Fonte isaude.net
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