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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Metade das mulheres na Grande São Paulo corre risco de desenvolver osteoporose, afirma pesquisa

Pesquisa traça perfil de brasileiras com a doença e indica principais fatores de risco

Um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (Fidi) e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que metade das mulheres da região metropolitana de São Paulo estão propensas a osteoporose.

Ao todo 8 mil exames de densitometria óssea foram realizados durante um período entre 2004 e 2007 na Grande São Paulo. A análise constatou que 30% das mulheres examinadas já tinham osteoporose, enquanto 20% estavam a um passo da doença, pois apresentavam osteopenia.

A pesquisa venceu a categoria "Especialização e Residência Médica" do Prêmio Ciência e Tecnologia, organizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em parceria com os ministérios da Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia.

O coordenador da pesquisa e também médico da Central de Laudos da Fidi, reumatologista Marcelo M. Pinheiro avalia que a solução pode ajudar no combate precoce da doença nas mulheres:

— Esse estudo pode viabilizar o tratamento precoce de mulheres com propensão a apresentar problemas relacionados à baixa densidade óssea e gerar diminuição no impacto socioeconômico causado por eles

Fatores de risco
A partir do estudo foi desenvolvido o programa Osteoporosis Risk Index (SAPORI) que revela os principais fatores de risco para o surgimento da doença em mulheres da região: baixo peso, idade avançada, cor, histórico familiar de fratura de fêmur, tabagismo, alcoolismo e uso crônico de cortisona.

Desenvolvido por uma equipe de médicos da Unifesp, o programa recolhe informações de mulheres em diversas fases da menopausa e depois calcula, automaticamente, qual delas têm maior predisposição a desenvolver doenças relacionadas à baixa densidade óssea.

A reumatologista e coordenadora da densitometria óssea da Fidi, Vera Szejnfeld avalia que a diversidade do Brasil pode tornar as brasileiras mais propensas à doença:

— O Brasil tem uma grande diversidade populacional com diferentes hábitos alimentares, exposição solar e graus de miscigenação que podem influenciar o risco de baixa densidade óssea e fraturas por baixo impacto. Acredito que seria importante que nos associássemos a pesquisadores de outros Estados para realizar estudos semelhantes.

Outro benefício trazido pela solução é a economia de até 50% nos gastos com exames de densitometria óssea na rede pública e privada.

Fonte R7

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