Dispositivo faz com que seja possível realizar testes simultaneamente com melhor qualidade e menor exposição à radiação
Cientistas da Universidade de Oslo, na Noruega, desenvolveram uma tecnologia inédita que torna possível reduzir pela metade a radiação emitida em exames de tomografia e ressonância.
O novo scanner de tomografia por emissão de pósitrons (PET) é construído em uma escala tão pequena que pode ser colocado dentro de um scanner de ressonância magnética. Isto faz com que seja possível tirar as imagens de ressonância e tomografia ao mesmo tempo com melhor qualidade e menos radiação.
PET proporciona uma imagem espacial de onde as células cancerosas estão localizados no corpo. Esses exames são mais difíceis de interpretar já que não situa o local de exato das células de câncer em relação ao esqueleto e os tecidos moles. Isto pode ser feito apenas comparando imagens de PET com uma imagem anatômica, tais como a ressonância magnética.
A ressonância magnética fotografa o corpo usando ondas de rádio e um poderoso campo magnético a fim de fornecer imagens muito melhores do tecido mole. A desvantagem de scanners de ressonância é que o exame é mais caro e leva muito mais tempo.
Atualmente, a maioria dos hospitais combina PET e tomografia, mas esta combinação tem uma fraqueza significativa. "A radiação desse exame combinado é dez vezes maior do que a radiação recomendada para um ano. Muitos doentes com câncer devem ser examinados várias vezes para testar se o tratamento está funcionando. O total de radiação durante o tratamento pode, portanto, ser muito alto", afirma o pesquisador Erlend Bolle.
Bolle e seus colegas construíram uma máquina de PET que é tão pequena que pode ser colocada dentro de uma máquina de ressonância magnética. Ambas as imagens podem, assim, ser tomadas ao mesmo tempo e o pessoal médico não tem de corrigir os erros que ocorrem quando duas imagens são combinadas depois de terem sido tiradas.
Segundo os pesquisadores, a nova tecnologia permite dobrar a sensibilidade. Na prática, é possível tirar fotografias duas vezes mais rápido, ou apenas utilizar metade da dose radioativa, a fim de obter a mesma qualidade de imagem anterior.
"Embora nossa ideia inicial tenha sido fazer um scanner para animais, essa tecnologia pode ser facilmente adaptada para uso hospitalar", conclui Bolle.
Fonte isaude.net
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