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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Técnica reaproveita sangue perdido em cirurgia

Membrana especial separa o plasma e preserva os componentes importantes do sangue em separado, permitindo que eles sejam devolvidos ao paciente

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Strathclyde, na Escócia, desenvolveu um mecanismo para reaproveitar o sangue perdido pelo paciente durante a cirurgia.

A recuperação e o reaproveitamento do sangue de um paciente perdido durante uma grande cirurgia não é uma ideia nova. No entanto, o processo atual é complicado, demorado e caro.

O novo procedimento, batizado de Hemosep pelos cientistas de Glasgow, é mais direto e pode ser menos trabalhoso para reciclar o sangue do paciente durante a cirurgia. A técnica envolve uma máquina que agita o sangue. Mas, o elemento mais importante é uma bolsa de plástico especial para receber este material.

A bolsa funciona como uma esponja química que absorve o plasma que diluiu o sangue do paciente durante a operação. O componente mais importante da bolsa é uma membrana de policarbonato, que separa o plasma e preserva os componentes importantes do sangue em separado. Estas células concentradas podem voltar para o paciente.

O bioengenheiro líder da equipe de cientistas que desenvolveu o sistema, Terry Gourlay, afirma que o novo procedimento tem vários benefícios.

"É o seu sangue, em vez do sangue de outras fontes", afirmou o cientista à BBC.

Testes
O novo sistema criado pelos cientistas escoceses já foi usado em testes bem-sucedidos na Turquia, onde foi usado em mais de cem cirurgias cardíacas. Agora, o sistema será vendido na União Europeia em uma parceria entre a Universidade Strathclyde e uma companhia de aparelhos médicos. O uso do sistema também foi aprovado no Canadá.

Em cirurgias grandes, como uma operação cardíaca realizada com o peito do paciente aberto, a quantidade de sangue perdida é grande e é necessário muito sangue para repor o que foi perdido. A transfusão de sangue geralmente é a opção preferida pelos médicos mas, em uma minoria de casos, podem ocorrer reações adversas. E o custo de tudo isto é alto.

"Sangue não é de graça, de forma nenhuma, e, na verdade, na América do Norte, os últimos estudos sugerem que uma unidade de sangue custa acima de US$ 1.600 (mais de R$ 3.200)", afirmou o professor Terry Gourlay.

Fonte iG

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