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sábado, 29 de setembro de 2012

Internações por infarto crescem 9,7% em menores de 30 anos

Levantamento  mostra que registros passaram de 686 para 753 em 4 anos. Cigarro, obesidade e estresse influenciam aumento e transformam coração em bomba-relógio

A população brasileira com menos de 30 anos tem hábitos que transformam o coração em uma bomba-relógio precoce.

Nesta parcela, 22% fumam, 90% são sedentários, mais da metade está com sobrepeso, só 15% consomem frutas e legumes em quantidade ideal e os jovens do Brasil constituem o segundo maior mercado mundial de crack e cocaína (com 2,2 milhões de usuários).

A união de todos estes fatores de risco – mapeados pelo Ministério da Saúde e por um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – fez os registros de internações por infarto aumentarem 9,7% nos últimos quatro anos, passando de 686 casos em 2008 para 753 em 2011.

O levantamento, feito no banco virtual do Ministério com informações de todos os hospitais brasileiros, detectou ainda que entre janeiro e julho deste ano foram acumulados outras 427 internações na faixa-etária entre 15 e 29 anos, uma média de dois atendimentos por dia.

“O crescimento de doenças cardiovasculares em jovens é uma tendência mundial”, afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sérgio Timerman.

“Nossas análises apontam que nos principais hospitais de atendimento cardíaco do País, o movimento de pessoas jovens nos setores de emergência foi ampliado entre 3% e 12%”, completa o médico.

Fiel da balança
Segundo Timerman, além dos hábitos nocivos ao coração projetarem panes cardíacas mais precoces, o estresse, a competitividade no mercado e a qualidade de vida ruim também alavancaram os infartos em jovens.

“Já está consolidado que a vida estressante é intimamente ligada aos problemas cardíacos, sendo o gatilho de doenças que só apareceriam no futuro, após os 60 ou 70 anos”, complementa o especialista.

Todas estas características fazem com que as doenças cardiovasculares ocupem o topo das causas de morte no Brasil e no mundo, sendo responsáveis por 17,3 milhões de mortes anuais no planeta (dos quais 308 mil brasileiros), conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“O comportamento do jovem hoje faz com que ele seja o fiel da balança da expectativa de vida do futuro”, afirma o diretor da SBC.

“Há 50 anos, as principais causas de morte no País eram as doenças infectocontagiosas. Atualmente, são os problemas no coração e no cérebro. A tendência é que, no futuro, o câncer alcance o topo do ranking da mortalidade, por causa do envelhecimento populacional. Mas se a população continuar estressada, comendo mal e se exercitando pouco desde cedo como acontece atualmente, as doenças cardíacas não serão evitadas e a sobrevida não será garantida.”

Mudar hábitos desde a infância é a chave para alterar as causas da letalidade e ampliar a sobrevivência dos corações.

Por isso hoje, os médicos do Hospital do Coração (HCor) listam as principais atitudes que protegem o músculo cardíaco.

- Avalie o seu Índice de Massa Corporal (IMC) . Se o resultado for sobrepeso, comece agora uma reeducação alimentar
 
- Inclua na dieta alimentos que protegem o coração .
 
- Faça ao menos 30 minutos de exercícios físicos por dia .
 
- Não fume, não use dorgas e não ingira bebidas alcoólicas em excesso.
 
- Controle a pressão arterial e o colesterol .

Fonte iG

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