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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Estados Unidos aprovam nova droga contra câncer de mama

A empresa estima que o tratamento todo com a nova
droga, por nove meses, deva custar US$ 94 mil
A FDA (agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) aprovou um novo medicamento contra o câncer de mama que ataca as células do tumor e poupa as células saudáveis.
 
O remédio, da Roche, combina a droga já bem estabelecida trastuzumabe com uma droga quimioterápica poderosa e um terceiro ingrediente que une os dois. Esse componente mantém o coquetel intacto até que ele se una à célula com câncer, liberando uma dose potente de remédio antitumor.
 
Pesquisadores dizem que a droga é um passo importante porque libera mais medicação enquanto reduz os efeitos colaterais desagradáveis da quimioterapia, já que não ataca as células sem a doença.
 
"Esse anticorpo sai à procura de células do tumor, se infiltra nelas e depois as explode. Por isso é bem 'gentil' com os pacientes --não há perda de cabelo, náusea ou vômitos", disse Melody Cobleigh da Rush University Medical Center. "É um jeito revolucionário de tratar o câncer." Ela ajudou a conduzir os estudos sobre o remédio em Chicago, nos EUA.
 
A FDA aprovou o novo tratamento para cerca de 20% das pacientes com câncer de mama que têm uma forma mais agressiva da doença, que responde menos à hormonoterapia. Essas pacientes têm tumores que produzem em excesso uma proteína conhecida como HER-2. O câncer de mama é a segunda causa de morte de mulheres americanas e deve matar cerca de 39 mil americanas neste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
 
A farmacêutica que produz o remédio disse que ele deve custar US$ 9.800 por mês, comparados com US$ 4.500 do trastuzumabe "normal". A empresa estima que o tratamento todo com a nova droga, por nove meses, deva custar US$ 94 mil.
 
Cientistas da FDA dizem ter aprovado o remédio baseando-se em estudos da empresa que mostraram que o remédio atrasou a progressão da doença em vários meses. Pesquisadores mostraram no ano passado que pacientes que usaram o remédio recém-aprovado viveram 2,6 anos, em comparação com os dois anos de pacientes que usaram outras drogas.
 
A droga, porém, terá em avisos dos possíveis danos, como toxicidade no fígado, problemas cardíacos e risco de morte. O remédio também pode causar malformações em fetos e, por isso, não deve ser usado por gestantes.
 
Fonte Folhaonline

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