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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Presentes durante o ano todo, as viroses são ainda mais frequentes no verão

Presentes durante o ano todo, as viroses são ainda mais frequentes no verão Ilya Andriyanov/Deposit Photos
Viroses respiratórias são comuns pois os pequenos levam
a mão à boca sem lavá-la, espirram sem proteger o nariz
e ingerem alimentos que tenham caído no chão
Vias respiratórias e intestinais estão entre os principais alvos dos vírus que atingem as crianças
 
A virose é um nome genérico dado a qualquer doença que tenha como causa algum tipo de vírus, e que tenha duração autolimitada, ou seja, onde o próprio organismo é capaz de se livrar da doença sozinho. Com duração média de cinco a 10 dias, as mais comuns são as viroses respiratórias, como os resfriados, e as intestinais, sobretudo o Rotavírus.

Geralmente as crianças são as mais afetadas por esse tipo de enfermidade, pois elas ainda estão passando pelo processo de formação do sistema imunológico, que é responsável pela defesa do corpo. Segundo o Dr. Francisco José Silva Maia, as crianças ficam mais expostas a contraírem esse tipo de doença em ambientes de confinamento, pois há uma maior circulação do vírus.

— Principalmente em escolas, creches e berçários. Elas ainda não possuem as noções básicas de higiene e corriqueiramente levam a mão à boca sem lavá-la, espirram sem proteger o nariz, e ingerem alimentos que tenham caído no chão, facilitando assim o contágio e a transmissão dessas enfermidades — explica.

Entre as principais viroses que atingem as crianças estão as respiratórias, que apesar de bastante comuns durante o outono e inverno, também aparecem no verão. Geralmente os sintomas são tosse, coriza de cor clara, congestão nasal e febre, devendo desaparecer naturalmente em alguns poucos dias. Para o Dr. Francisco os pais devem apenas administrar os sintomas, fazendo inalações com soro fisiológico, sempre que necessário, para auxiliar na boa respiração e mantendo a atenção sobretudo na hidratação da criança.

Também são bastante comuns as viroses que atingem o trato intestinal, como o Rotavírus, que possui esse nome devido a sua forma similar a roda de uma carroça. O contágio dessa enfermidade ocorre pelas vias aéreas superiores, ou seja, boca e nariz, e os sintomas são de desconforto abdominal, vômitos, febre e diarreia. Nesses casos os pais devem manter a atenção à higiene da criança e devem adotar uma dieta constipante, que prioriza a reposição de líquidos e a ingestão de alimentos que ajudem a estabilizar o funcionamento do intestino.

Em crianças que ainda não falam, o diagnóstico dessas enfermidades é mais complicado. O médico identifica nos pais os grandes aliados no processo de identificação dessas doenças, devendo ficar atentos ao comportamento das crianças.

— Além dos sintomas da doença, como vômitos e febre, os pais devem observar se o apetite da criança está reduzido, se ela está apática e rejeitando refeições, pois esses também podem ser sinais de que ela apresenta um quadro virulento — avisa.

Podem ocorrer também complicações bacterianas em decorrência da debilidade da criança. As viroses respiratórias podem desencadear eventualmente uma pneumonia ou otite, e nos casos das viroses intestinais, a criança pode desenvolver um quadro de desidratação, necessitado assim de cuidados especiais. Para evitar esse tipo de complicação deve-se lembrar que os líquidos são os grandes protagonistas nos tratamentos das viroses.

Para os pais que preferem prevenir os seus filhos dessas doenças, crianças a partir de dois meses já podem tomar a vacina contra o Rotavírus e a partir de seis meses a vacina contra Influenza, uma das viroses respiratórias mais comuns atualmente. É importante ressaltar que crianças em todas as idades estão sujeitas a contrair viroses, especialmente aquelas com idade entre quatro a seis meses, mas com o crescimento o sistema imunológico do corpo vai adquirindo mais resistência e a tendência é que as viroses fiquem gradualmente menos recorrentes.
 
Fonte Diário Catarinense

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