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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Indústria de alimentos deveria ser mais regulada, defende artigo

Para a indústria, a redução depende de adaptações tecnológicas
 e também do hábito do consumidor
Artigo publicado em uma edição especial da revista médica "Lancet" sobre o combate às doenças crônicas afirma que a indústria de alimentos tem se comportado de forma similar às fabricantes de cigarro na hora de influenciar governantes e profissionais a implementar políticas para reduzir o consumo de gordura, açúcar e sódio.
 
De acordo com o trabalho assinado por Rob Moodie, da Universidade de Melbourne, na Austrália, e Carlos Monteiro, professor de nutrição da USP, pesquisas científicas financiadas pela indústria de alimentos tem uma chance até oito vezes maior de ter conclusões favoráveis a essas empresas do que estudos independentes.
 
Para eles, acordos entre o governo e a indústria para cortar sódio, gorduras e açúcar de alimentos acabam tomando o lugar de regulamentações mais rígidas.
 
Segundo o artigo, não há evidência de que acordos voluntários surtam efeito.
 
Além da influência política, as fabricantes de alimentos também teriam em comum com as de cigarro a migração de seus esforços para países de renda média e baixa, já que os ricos estão com seus mercados saturados.
 
Nos últimos anos, a ONU foi criticada por supostamente ceder aos interesses da indústria ao formular políticas para o controle de doenças como hipertensão e diabetes.
 
No entanto, o modelo de parcerias com a iniciativa privada vem sendo adotado em muitos países, inclusive no Brasil, onde as fabricantes se comprometeram a reduzir os níveis de sódio dos alimentos.
 
O acordo também é alvo de críticas por aqui. Um levantamento do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mostrou que as metas de corte de sódio são tímidas demais para ter impacto, conforme a Folha noticiou na semana passada.
 
Para a indústria, a redução depende de adaptações tecnológicas e também do hábito do consumidor.
 
Fonte Folhaonline

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