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segunda-feira, 25 de março de 2013

Medicamento usado no tratamento do Parkinson melhora tomada de decisão de idosos

Estudo mostrou as mudanças na atividade cerebral que ajudam a explicar por que idosos são piores na tomada de decisões
Estudo mostrou as mudanças na atividade cerebral que ajudam
 a explicar por que idosos são piores na tomada de decisões
Pessoas mais velhas tratadas com Levodopa passaram a pensar de forma semelhante a jovens com 20 anos de idade
 
Uma droga amplamente usada para tratar a doença de Parkinson pode ajudar a reverter a deficiência na tomada de decisões relacionada à idade em algumas pessoas mais velhas. É o que mostra estudo de pesquisadores da Fundação Wellcome Trust, no Reino Unido.
 
O estudo também descreve mudanças nos padrões de atividade cerebral de adultos com setenta anos que ajudam a explicar por que eles são piores na tomada de decisões do que as pessoas mais jovens.
 
 
Dificuldade em tomar decisões é uma parte natural do processo de envelhecimento que nasce de um declínio na capacidade do cérebro para aprender com as experiências. Parte do processo de tomada de decisão envolve aprender a prever a probabilidade de obter uma recompensa a partir das escolhas que fazemos.
 
Uma área do cérebro chamada nucleus accumbens é responsável por interpretar a diferença entre a recompensa que nós estamos esperando receber e por uma decisão e a recompensa que é efetivamente recebida. Esses chamados "erros de previsão", sinalizados por um químico cerebral chamado dopamina, nos ajudam a aprender com as ações e modificar o nosso comportamento para fazer melhores escolhas da próxima vez.
 
"Nós sabemos que o declínio de dopamina faz parte do processo normal de envelhecimento, por isso, queríamos ver se isso tinha algum efeito sobre a tomada de decisão baseada em recompensa. Nós descobrimos que, quando tratamos pessoas mais velhas, particularmente ruins na tomada de decisões, com uma droga que aumenta a dopamina no cérebro, sua capacidade de aprender a partir de recompensas aumentou a um nível comparável a alguém com 20 anos e lhes permitiu tomar decisões melhores", observa a líder da pesquisa Rumana Chowdhury.
 
A equipe usou uma combinação de testes comportamentais e técnicas de imagem cerebral para investigar o processo de tomada de decisão em 32 voluntários saudáveis com média de 70 anos de idade e 22 voluntários com 20 e poucos anos.
 
Os participantes mais velhos foram testados com e sem L-dopa, medicamento que aumenta os níveis de dopamina no cérebro. L-dopa, mais vulgarmente conhecido como Levodopa, é amplamente utilizado na prática clínica para o tratamento da doença de Parkinson.
 
Os participantes foram solicitados a completar uma tarefa de aprendizagem comportamental que imita as decisões que os jogadores fazem ao jogar caça-níqueis. Jogadores visualizaram duas imagens e tiveram que escolher qual eles achavam que iria dar-lhes a maior recompensa. Seu desempenho antes e após o tratamento medicamentoso foi avaliado pela quantidade de dinheiro que eles ganharam na tarefa.
 
"Os voluntários mais velhos, que eram menos capazes de prever a probabilidade de uma recompensa de suas decisões, e assim tinham pior desempenho na tarefa, mostraram melhora significativa após o tratamento com a droga", afirma Chowdhury.
 
A equipe, então, avaliou a atividade cerebral nos participantes conforme eles participaram do jogo, usando ressonância magnética funcional, e mediram as conexões entre as áreas do cérebro envolvidas na previsão de recompensa usando uma técnica chamada tensor difusor de imagens.
 
Os resultados mostraram que os adultos mais velhos que melhor se saíram no jogo de apostas antes do tratamento com drogas tiveram uma maior integridade de suas vias de dopamina. Adultos mais velhos que se saíram mal antes do tratamento não foram capazes de sinalizar adequadamente a expectativa de recompensa no cérebro, o que foi corrigido pela L-dopa e seu desempenho melhorou com a droga.
 
"Esta investigação oferece importante compreensão sobre o que pode acontecer a nível funcional e anatômico em pessoas mais velhas, que têm problemas coma a tomada de decisões. A capacidade de reverter essas alterações manipulando os níveis de dopamina oferece esperança de abordagens terapêuticas que podem permitir que as pessoas mais velhas funcionem de forma mais eficaz em toda a comunidade", conclui o pesquisador John Williams.
 
Fonte isaude.net

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