Pesquisadores da Washington University School of Medicine, em St. Louis, afirmam ter conseguido distinguir entre infecções virais e bacterianas em crianças com febre. De acordo com o estudo que analisou genes nas células brancas do sangue, os resultados atingiram 90% de exatidão.
É muito comum crianças desenvolverem uma febre sem causa aparente. Algumas destas crianças têm infecções bacterianas graves que podem ser fatais, mas a grande maioria desenvolve infecções virais. O problema é que é difícil saber quem é quem, diz Gregory Storch, responsável pelo estudo.
Como precaução, muitas crianças que têm uma febre sem causa aparente são tratadas com antibióticos, às vezes sem necessidade, aumentando a resistência das bactérias aos medicamentos.
O novo estudo envolveu 30 crianças com idades entre dois meses a três anos que tiveram febre acima de 40 ° C, mas sem sinais óbvios de doença, como tosse ou diarreia. Do grupo pesquisado, 22 crianças tinham infecções virais e as outras oito infecções bacterianas.
O objetivo do estudo era saber se um teste chamado " a gene expression microarray" poderia identificar padrões de atividade do gene em células brancas do sangue distinguindo as crianças com infecções virais daquelas com infecções bacterianas. Os glóbulos brancos são a primeira linha de defesa contra os invasores externos do sistema imune, e os cientistas teorizaram que eles respondem de forma diferente ao vírus do que às bactérias.
Os pesquisadores também tiveram acesso aos resultados de um teste de diagnóstico padrão realizado quando as crianças foram inicialmente avaliados com febre no Hospital St. Louis Childrens. Este teste envolve a análise do número de glóbulos brancos numa amostra de sangue. Geralmente, as contagens são elevadas para as infecções bacterianas e mais baixas ou normais para as infecções virais.
Usando a tecnologia de microarray, os pesquisadores puderam facilmente distinguir as infecções bacterianas de infecções virais baseados em padrões distintos de expressão gênica. Isso é realmente importante para os clínicos porque têm um padrão de expressão genética que indica uma infecção viral, eles poderiam ficar mais seguros ao evitar de receitar um antibiótico.
Fonte isaude.net
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