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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pesquisadores revelam como "gene da obesidade" aciona o ganho de peso

Estudo mostra que pessoas com a variação FTO têm maiores níveis circulantes do
Foto: Wilson Dias/Abr
Estudo mostra que pessoas com a variação FTO têm maiores
 níveis circulantes do "hormônio da fome"
As pessoas com a variante do gene FTO têm maiores níveis de grelina no sangue e podem ser 70% mais propensas à obesidade
 
Equipe internacional de pesquisadores descobriu que as pessoas com uma variação do gene FTO, que afeta uma em cada seis pessoas, podem ser até 70% mais propensas a se tornarem obesas.

O estudo mostra que pessoas com a variação FTO têm maiores níveis circulantes do " hormônio da fome" , a grelina, no sangue. Isso significa que eles começam a sentir fome imediatamente após uma refeição.

Imagens do cérebro em tempo real revelaram que a variação do gene FTO também muda a forma como o cérebro responde à grelina, e às imagens de alimentos, nas regiões relacionadas com o controle da alimentação e com recompensa.

Juntos, estes resultados explicam, pela primeira vez, por que estas pessoas comem mais e preferem alimentos calóricos em comparação com aqueles que possuem a variante de baixo risco, mesmo antes de se tornarem obesas.

Estudos anteriores revelaram que as variações de uma única letra no código genético do gene FTO estão ligadas a um maior risco de obesidade, e este comportamento está presente até mesmo em crianças pré-escolares.

Usando um design único, os cientistas liderados por Rachel Batterham recrutaram 359 voluntários saudáveis do sexo masculino para examinar os efeitos reais da variação FTO em seres humanos.

Eles estudaram dois grupos de participantes: aqueles com duas cópias da variante do FTO com alto risco de obesidade (grupo AA) e aqueles com a versão de baixo risco de obesidade (grupo TT). Separaram os voluntários por peso corporal, distribuição de gordura e fatores sociais, tais como o nível educacional, para assegurar que quaisquer diferenças que eles apresentassem estivessem ligadas à FTO, e não a outras características físicas ou psicológicas.

Um grupo de 20 participantes (10 AA e 10 TT) foi solicitados a classificar a sua fome antes e depois de uma refeição padrão, enquanto as amostras de sangue foram colhidas para testar os níveis de grelina. Normalmente, os níveis de grelina sobem antes das refeições, caindo em seguida, mas, neste estudo, homens com a variação AA tinham estes níveis circulantes de grelina aumentado e sentiam fome mesmo após a refeição. Isto sugere que o grupo com a variante de alto risco não suprimiu a grelina de uma forma normal.

Os cientistas então usaram a Ressonância Magnética Funcional (fMRI) em um grupo diferente de 24 participantes para medir como o cérebro responde a imagens de alto teor calórico e imagens de alimentos de baixa caloria, e os itens não-alimentícios, antes e depois de uma refeição. Mais uma vez eles tomaram amostras de sangue e pediram aos participantes que classificassem em uma escala quão atraente as imagens eram.

Os indivíduos com a variante de risco a obesidade FTO avaliaram as imagens de alimentos altamente calóricos como os mais atraente depois de uma refeição. Além disso, os resultados do estudo com fMRI revelaram que os cérebros dos dois grupos responderam diferentemente às imagens alimentares (antes e após a refeição) e para níveis de grelina circulante. As diferenças foram mais pronunciadas nas regiões de recompensa do cérebro (conhecidas por responder ao álcool e drogas recreativas) e no hipotálamo, parte não consciente do cérebro que controla o apetite.

Finalmente, os cientistas analisaram células de ratos e humanas para descobrir o que provoca aumento da produção de grelina em um nível molecular. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira (15) no Journal of Clinical Investigation.

 
Fonte isaude.net

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