Brasília - Insatisfeitos com as recentes medidas anunciadas pelo governo
federal relacionadas à categoria, médicos voltaram a protestar ontem (16) em várias
cidades. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), manifestações correram em, pelo menos, 13 estados, como Alagoas, Amapá, Amazonas,
Bahia, Rio de Janeiro e Maranhão.
No Distrito Federal (DF), a concentração estava prevista para as 15h, em frente
à sede do Conselho Regional de Medicina do DF. De lá, os profissionais seguiriam
em caminhada até o Congresso.
A classe protesta contra os vetos da presidenta Dilma Rousseff ao Projeto de
Lei 268/2002, o chamado Ato Médico, que regulamenta o exercício da medicina no
país, e contra a Medida Provisória 621/2013, que instituiu o Programa Mais Médicos.
Lançada na semana passada, a iniciativa pretende levar profissionais a
municípios distantes, principalmente das regiões Norte e Nordeste, além da
periferias das grandes cidades. Segundo o governo, para preencher as vagas que
não forem ocupadas por médicos brasileiros, poderão ser contratados
profissionais de outros países.
De acordo com lideranças da categoria, o Mais Médicos prejudica a qualidade
da assistência à saúde e coloca em risco a vida dos brasileiros. Já em relação
ao Ato Médico – sancionado com vetos pela presidenta na semana passada – a
categoria avalia que se trata de uma "nova agressão aos médicos e à saúde do
país".
Entre os trechos suprimidos por Dilma está o Inciso 1º, do Artigo 4º, que
atribuía exclusivamente aos médicos a formulação de diagnóstico de doenças. A
classe médica considera que esse ponto era a essência da lei. Já para as demais
categorias da saúde, como enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, favoráveis
ao veto, o trecho representava um retrocesso à saúde.
Em mensagem enviada aos médicos, divulgada no site do Conselho Federal
de Medicina, as entidades nacionais ligadas à classe, entre elas, além do
CFM, a Associação Médica Brasileira, a Associação Nacional dos Médicos
Residentes e a Federação Nacional dos Médicos pedem que os profissionais se
mantenham mobilizados "em prol de causas comuns". Elas os orientam a manter o
bom atendimento à população, “que de forma alguma deve ser punida pelos erros da
gestão”.
Fonte Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário