Obesidade favorece doenças respiratórias e infecciosas, como a gripe. Evite doces e aposte em alimentos como alho, cebola e frutas in natura
As doenças respiratórias (como rinite e sinusite) e infecciosas (como gripe e resfriado) costumam aumentar no inverno, por causa da aglomeração de pessoas em ambientes fechados, do contato com superfícies contaminadas e do aumento da poluição no tempo seco.
Mas pessoas obesas também correm mais risco de adoecer, tanto nesta época quanto no resto do ano, pois a gordura abdominal
– além de aumentar a glicose, o colesterol e os triglicérides
– favorece inflamações e diminui a imunidade do corpo.
Segundo a infectologista Rosana Richtmann e o endocrinologista João Eduardo Salles, a circunferência do pescoço também é um sinal de alerta: 42 cm para os homens e 38 cm para as mulheres. Isso porque o tamanho da região cervical indica a quantidade de gordura que pode estar acumulada no tórax, o que acaba dificultando a respiração.
Os médicos também destacaram que doces como chocolate podem prejudicar o sistema de defesa do corpo, enquanto alimentos como cebola, alho e frutas in natura (laranja, limão, maracujá, acerola e outras) ajudam a aumentar a imunidade.
Os grupos de maior risco para infecções são indivíduos diabéticos, asmáticos, cardíacos, soropositivos, crianças com menos de 2 anos, grávidas e mulheres no período pós-parto. Por isso, eles fazem parte do público-alvo do Ministério da Saúde nas campanhas nacionais de vacinação contra a gripe.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 288 pessoas morreram pelo vírus influenza de janeiro a junho deste ano. Desse total, 259 foram vítimas do vírus H1N1, que causa a gripe suína. E 90% dos óbitos eram pacientes que não haviam tomado a vacina oferecida na rede pública.
Além disso, 72% tinham alguma comorbidade (doença associada), quatro eram gestantes e a média de idade era de 45 anos.
Segundo Rosana, se houver gripe com febre repentina, tosse e falta de ar, a pessoa deve procurar um posto de saúde, fazer o exame de sangue para detectar o H1N1 e já iniciar o tratamento com fosfato de oseltamivir (Tamiflu), antes mesmo de sair o resultado. Se der negativo, o uso é suspenso.
Natural killers
Temos no nosso sistema imunológico células de defesa inatas, chamadas “natural killers”, e outras que captam informações do inimigo (bactérias, vírus, parasitas e tumores), para preparar o contra-ataque.
Temos no nosso sistema imunológico células de defesa inatas, chamadas “natural killers”, e outras que captam informações do inimigo (bactérias, vírus, parasitas e tumores), para preparar o contra-ataque.
As natural killers são essenciais para essa ação inicial. Nos primeiros dias de infecção, são elas que fazem o trabalho de proteger o corpo, enquanto as outras preparam um combate mais específico.
Mas estudos científicos têm mostrado que o tecido adiposo (gorduroso) produz substâncias conhecidas como adipocinas, que dificultam o trabalho das natural killers, tornando-as menos eficazes e fazendo-as "abrir a guarda".
Por isso, pessoas obesas estão mais sujeitas a infecções, por causa desse prejuízo ao sistema de defesa.
Fonte G1
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