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De acordo com o documento, o grupo será formado por representantes da pasta,
do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, do Conselho
Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde. Em um prazo de um ano, o grupo de trabalho deverá elaborar
um documento técnico com o diagnóstico da estrutura e do funcionamento dos
antigos hospitais-colônia e a situação de saúde dos usuários, internados,
asilados e moradores.
O relatório também deverá conter propostas para reorganizar e qualificar o
funcionamento das unidades, além de medidas para adaptá-las aos parâmetros do
SUS. O prazo para elaboração do documento poderá ser prorrogado, conforme a
necessidade. Nesse período, deverão ser apresentados ao ministério relatórios
trimestrais de acompanhamento e avaliação.
Preocupado com a necessidade de prover o atendimento integral à saúde e a
integração à comunidade das pessoas com hanseníase que foram internadas
compulsoriamente em hospitais-colônia, o Ministério da Saúde criou, em março
deste ano, o Programa
Academia da Saúde. A iniciativa prevê oferta de atividade física, educação
alimentar, teatro, música, pintura e artesanato, entre outras.
No Brasil, até a década de 1980, a Lei Federal nº 610 de 13 de janeiro de
1949 recomendava o isolamento compulsório em colônias dos pacientes portadores
da hanseníase, chamadas na época de leprosários. A situação perdurou até 1986,
quando os antigos hospitais-colônias foram transformados em hospitais
gerais.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica que atinge,
principalmente, a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto,
orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas
varia de dois a cinco anos. Se for diagnosticada precocemente, o tratamento e a
cura podem chegar a mais de 80% dos casos. Em função do potencial incapacitante,
a doença é de notificação compulsória em todo o território nacional.
Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2012, foram registrados quase 29
mil casos no país, dos quais 1.936 em menores de 15 anos. A meta da pasta é que,
até 2015, haja menos de um caso de hanseníase para cada grupo de 10 mil
habitantes. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país são as que
apresentam a maior incidência da doença.
Fonte Agência Brasil
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