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terça-feira, 9 de julho de 2013

Narcolepsia, burnout e ELA ocorrem por descompasso de corpo e cérebro

A narcolepsia ocorre quando a pessoa entra em sono REM ainda
no período de vigília, ou seja, quando estava acordada
Conheça melhor essas doenças que causam alterações no sistema nervoso. Entenda também as principais diferenças entre narcolepsia e sonambulismo
 
Algumas doenças aparecem quando há um descompasso entre o corpo e o cérebro. É o caso da narcolepsia, do burnout e da esclerose lateral amiotrófica (ELA).
 
Na narcolepsia, a pessoa adormece de repente, em qualquer lugar onde estiver. Isso ocorre pela falta de uma proteína que nos deixa em alerta durante o dia, segundo explicam os neurologistas Andrea Bacelar e Francisco Rotta.
 
Os cinco sinais clássicos da narcolepsia são: sonolência durante o dia, alucinações, paralisia do sono (quando a pessoa não consegue sair da cama), sono fragmentado, e sono imediato e profundo após rir, levar um susto ou ter alguma outra alteração brusca de emoções.
 
Estima-se que 150 mil brasileiros tenham narcolepsia, uma causa importante de afastamento do trabalho no país.
 
Narcolepsia x sonambulismo
Todas as noites, temos de quatro a seis ciclos de sono, cada um dividido em três fases: sonolência, sono leve e sono profundo (REM).
 
A narcolepsia ocorre quando a pessoa entra em sono REM ainda no período de vigília, ou seja, quando estava acordada. Não tem cura, mas pode ser controlada. Já o sonambulismo ocorre entre a vigília e o sono leve.
 
Os sintomas do sonambulismo são: movimentos motores (mover-se, levantar-se da cama), falar e participar de atividades como dirigir, cozinhar, etc. Nesses indivíduos, áreas do cérebro que deveriam estar inativas à noite continuam acionadas.
 
Burnout
A síndrome do burnout é um transtorno mental que leva à ou exaustão emocional (estafa) no trabalho, e está associado principalmente a funções que envolvem muito idealismo e dedicação. Também pode acontecer com alguém que esteja passando por uma demissão, por exemplo.
 
Essa é uma das principais causas de afastamento do serviço por parte de professores, assistentes sociais e profissionais da saúde. Melhorar o ambiente de trabalho, reduzir a competitividade ao estabelecer metas coletivas em vez de individuais, valorizar mais o desempenho do grupo e reduzir a intensidade do trabalho são dicas que ajudam a evitar o burnout.
 
ELA
Outra doença abordada no Bem Estar desta terça-feira (9) foi a ELA, uma doença degenerativa dos neurônios motores (responsáveis pelos movimentos) que compromete os músculos e atinge 12 mil pessoas no Brasil.
 
É um problema sem causa conhecida, do qual sofre o físico britânico Stephen Hawking há 50 anos. A ELA faz com que o cérebro deixe de comandar o corpo e pode até impedir a respiração. É geralmente confundida com esclerose múltipla (doença inflamatória), problemas reumatológicos ou ortopédicos.
 
De acordo com os médicos, quanto mais cedo todas essas doenças forem diagnosticadas, melhor é o tratamento – para cura ou controle – e mais chances a pessoa tem de manter a qualidade de vida.
 
No caso da ELA, o diagnóstico demora em média 11 meses no Brasil e em países como os EUA. Isso porque essa é uma doença de difícil detecção, pois não existe nenhum exame de laboratório que indique alguma substância no sangue ou algo com precisão.
 
É importante que os próprios médicos e os pacientes fiquem alerta para investigar a possibilidade de ELA caso o doente sinta fraqueza e atrofia musculares. Os pacientes costumam buscar ajuda primeiro nos ortopedistas, que podem não suspeitar da doença por estarem focados nos problemas de sua especialidade.
 
Apesar de a ELA não ter cura, o diagnóstico precoce pode aumentar a qualidade de vida.  O remédio usado pelos pacientes, oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS), ajuda a retardar o processo degenerativo, mas hoje, infelizmente, a maioria dos casos só recebe tratamento quando 50% dos neurônios motores já morreram.
 
Fonte G1

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