Belo Horizonte — Uma verdadeira crise de funcionalidade: os alimentos industrializados podem ser os principais aliados da saúde ou se transformar em verdadeiros inimigos do funcionamento do organismo humano. É a composição informada no rótulo — ainda muito ignorado pela maioria dos consumidores — que põe fim ao impasse.
O cenário complexo, de excesso de substâncias e de falta de interesse, intriga governo, indústria e cientistas. Uma das frentes é reduzir os índices de agentes como sal, gordura trans e açúcares, e agregar itens benéficos à saúde, como vitaminas, fibras e minerais.
Mudar a composição de um produto exige tecnologia, além de investimento financeiro e tempo. “Isso porque é preciso alterar a composição mantendo o sabor, a textura e a conservação dos alimentos, o que é bastante complexo”, explica Augusto Moraes, diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria Alimentícia (Abia).
Entre 2007 e 2012, R$ 38 bilhões foram gastos pelo setor em inovação, boa parte do montante direcionado para o desenvolvimento de novos produtos e para a busca de soluções saudáveis.
Interessados em auxiliar a indústria nessa etapa de adequação, pesquisadores da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, alcançaram resultados animadores em estudos para a redução do percentual de sódio, mantendo a mesma sensação ao paladar.
Para alimentos secos, como salgadinhos, petiscos e batata palha, os avanços são grandes. O sal refinado foi triturado em moinho e peneirado até que se obtivesse um pó muito fino. “Quando coloca-se o alimento na boca, a partícula do sal está pequena a ponto de chegar mais rápido às papilas gustativas e garantir maior eficiência ao criar a sensação de salgado”, explica.
Fonte Correio Braziliense
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