Rio de Janeiro - Os moradores da baixada litorânea do Rio de Janeiro vão
poder contar com um serviço de atenção à saúde cardiovascular com a ampliação da
rede de atendimento e capacitação dos profissionais que atuam na área. O
projeto, que segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), tem o aval do
Ministério da Saúde.
A princípio, ele será desenvolvido em Cabo Frio, Armação dos Búzios, Rio das
Ostras, Macaé, Casimiro de Abreu, Araruama, Saquarema, São Pedro da Aldeia,
Arraial do Cabo e Iguaba Grande. O serviço é uma parceria de cooperação técnica
e científica entre o INC e o Consórcio Intermunicipal da Baixada Litorânea
(Cisbali). O projeto piloto será feito em Cabo Frio e Arraial do Cabo.
A previsão é que até o fim do ano esteja pronta a primeira etapa, com a
montagem de salas de telemedicina no INC e nas cidades polo. Segundo a
cardiologista assessora do projeto, Lívia Frankenfeld de Mendonça, o instituto
dará instruções e orientará as equipes por meio de vídeo aulas e, em casos
específicos, presencialmente. “O instituto vai dar o apoio e as prefeituras vão
se organizar para desenvolver os projetos e captar os recursos para que se possa
estruturar melhor a rede de atenção cardiovascular. A gente está trabalhando com
a rede de saúde”, explicou a cardiologista.
Na segunda etapa começará a capacitação de todos os profissionais e a
ampliação das estruturas da região. “A gente tem um projeto de telemedicina que,
entre outras funções, permite o envio dos exames para centros mais preparados,
onde se possibilita o acesso dessas regiões para treinamentos e a ajuda na
assistência em segundas opiniões de exames. São várias ações que podem ser
desdobradas com essa aproximação que o instituto propicia”, ressaltou Lívia
Mendonça. Ela acrescentou que a avaliação do atendimento às pessoas com
cardiopatias ficará sob a responsabilidade do INC.
Segundo a médica, a expectativa é que todos os níveis de atendimento estejam
disponíveis para a população desta região até 2016. Entre os serviços estão a
ampliação de cirurgias cardiovasculares complexas realizadas na região. Ela
destacou, ainda, a melhoria na identificação mais rápida das doenças. “O infarto
é um tipo de patologia em que o tempo faz a diferença. Hoje, a identificação
precoce que um paciente está infartando pode ser a diferença entre a vida e a
morte. Com a proposta de aproximação com o uso da telemedicina, poderemos
encaminhar o resultado um eletro para este paciente ter um atendimento mais
apropriado que poderá ser feito dentro da rede”, esclareceu.
Fonte Agência Brasil
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