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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ingestão deficiente de ácidos graxos pode prejudicar desenvolvimento das crianças

Ingestão deficiente de ácidos graxos pode prejudicar desenvolvimento das crianças www.sxc.hu/divulgação
Hábitos alimentares podem se formar muito cedo
Pesquisa realizada nos Estados Unidos alerta sobre a importância do consumo de ômega 3 e 6 na dieta
 
No primeiro estudo que examinou de perto a ingestão de ácidos graxos poli-insaturados entre crianças americanas com idade inferior a cinco anos, constatou-se este pode ser um déficit preocupante na dieta de muitos jovens. Segundo Sarah Keim, pesquisadora do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil Nationwide, em Columbus, no Estado de Ohio, a ingestão de um ácido graxo essencial conhecido como DHA em crianças de 12 a 60 meses de idade foi baixo, apesar de não haver um acordo sobre a quantidade ideal dessa substância na dieta de crianças.
 
O estudo, publicado on-line neste mês, usou dados de aproximadamente 2,5 mil crianças de 12 a 60 meses.
 
Entre os principais ácidos deste grupo estão o ômega 3 e o ômega 6. Peixes de água fria, frutos do mar, em óleo de canola e sementes de cânhamo são fontes naturais de Ômega 3. Já os ricos em Ômega 6 são óleos de girassol e soja e sementes oleaginosas.
 
Essas substâncias são essenciais para a saúde. Uma proporção adequada de ômega 6 e ômega 3 desempenha um papel importante na função celular, inflamação, desenvolvimento do olho e no funcionamento neural. No entanto, a ingestão dietética de ácidos graxos poli-insaturados ideal para crianças ainda é incerto.
 
Sabe-se que as crianças, muitas vezes, recebem quantidades significativas de ácidos graxos poli-insaturados essenciais através do leite materno durante o primeiro ano de vida. Sarah e seu colega, Amy Branum, pesquisador do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, decidiram estimar o ingestão média de ácidos graxos na dieta para crianças entre infância e pré-escola.
 
Segundo a pesquisadora, a ingestão de um ácido graxo essencial conhecido como DHA em crianças de 12 a 60 meses de idade foi baixo e não aumenta com a idade.
 
O estudo também foi o primeiro a examinar as fontes alimentares primárias de ingestão de ácidos graxos poli-insaturados entre crianças menores de cinco anos de idade e para analisar a idade, raça e etnia em relação à ingestão de peixes nessa faixa etária. Os peixes são uma excelente fonte de ácidos graxos, como o DHA e EPA, e mostraram-se as mais ricas fontes desses ácidos na dieta das crianças.
 
— Apenas cerca de 54% das crianças comiam peixe pelo menos uma vez no mês — conta Sarah
 
A pesquisadora ressalta que uma dieta desequilibrada pode causar muitas doenças e que é importante entender como essas disparidades podem contribuir para os riscos de se adquirir algum problema. O desenvolvimento físico e neurológico rápido durante este período da infância pode significar que as variações na ingestão de ácidos pode ter implicações importantes para o crescimento, acrescenta.
 
— Este trabalho pode ajudar a informar as recomendações dietéticas para crianças. Estamos realizando um ensaio clínico para ver se a suplementação de DHA quando em crianças de um ano de idade pode ajudar o desenvolvimento cognitivo em bebês que nascem prematuros — afirma a pesquisadora.
 
Para a especialista, é importante que as famílias exponham aos seus filhos uma variedade de alimentos frescos para um educação alimentar mais completa.
 
— Os hábitos alimentares podem se formar muito cedo. Logo, começar com uma dieta equilibrada pode ter efeitos duradouros para a saúde das crianças.
 
De acordo com a pesquisadora, esta dieta equilibrada deve incluir peixes e outras boas fontes de ácidos graxos saudáveis.
 
Zero Hora

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