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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

São Paulo gasta R$ 246,2 milhões em saúde devido às doenças provocadas pela poluição

Werther Santana/Estadão Conteúdo
Capital não possui o pior índice de qualidade do ar do Estado
Crianças, gestantes e diabéticos são mais vulneráveis a contrair doenças
 
O gasto com o tratamento de doenças provocadas pela poluição ambiental aumentou em apenas um ano para R$ 246,2 milhões (US$ 111,7 milhões) no Estado de São Paulo, segundo um estudo realizado pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade. Entre 2006 e 2011, São Paulo registrou 99.084 mortes relacionadas com a poluição, seis vezes e meia a mais que as mortes causadas por Aids, segundo o estudo "Avaliação do impacto da poluição atmosférica sob a visão da saúde no Estado de São Paulo", que a Agência Efe teve acesso nesta terça-feira (24).
 
Somente em 2011, o setor público de saúde investiu R$ 76 milhões (US$ 35,5 milhões) para o tratamento de doenças provocadas pela poluição, um número 13 vezes maior que os recursos destinados para a produção de vacinas. Durante o mesmo período, a rede privada de saúde destinou R$ 170 milhões (US$ 77,2 milhões).
 
Para o diretor da pesquisa e professor da USP (Universidade de São Paulo), Paulo Saldiva, as pessoas mais "vulneráveis" a contrair doenças relacionadas com a alta concentração de poluição são crianças, gestantes, pessoas com dietas inadequadas e diabéticos.
 
— Estas pessoas em condições normais poderiam tomar a decisão de evitar o risco. No caso do tabaco, é uma decisão individual, mas na poluição não há escolha.
 
A pesquisa revela, além disso, que, ao contrário do que se esperava, a capital não possui o pior índice de qualidade do ar do estado, mas 11 cidades apresentaram uma qualidade inferior, entre elas São Caetano do Sul, considerada como a cidade com maior Índice de Desenvolvimento Humano do país (IDH). O presidente Carlos Bocuchy, do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental), disse que "a situação pode ser ainda mais grave nestas cidades".
 
O presidente do Proam explicou à Efe que os critérios utilizados em todo o Estado para medir a qualidade do ar são baseados em estudos da década dos 1980 e não coincidem com os índices recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
 
— Temos um sistema de controle ambiental que é uma falácia. Não é possível continuar falando, por exemplo, de pessoas que têm febre de 37 graus quando é de 39.
 
Efe/R7

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