Dados preliminares de estudo feito no Brasil mostra que doença inflamatória na pele pode estar diretamente relacionada com problemas no coração, diabetes e depressão
As manchas avermelhadas na pele que surgem acompanhadas de placas escamosas brancas típicas da psoríase , além de gerar coceira, podem indicar um problema ainda mais sério. De acordo com dados preliminares de um novo estudo realizado no Brasil, dos 877 pacientes com psoríase pesquisados, 70% tinham alguma outra doença relacionada, como obesidade, hipertensão, depressão, colesterol alto e diabetes.
“Ela pode sinalizar que alguma coisa não vai bem, inclusive no coração”, disse ao iG Ricardo Romiti, responsável pelo ambulatório de psoríase do Hospital das Clínicas, em São Paulo, e um dos coordenadores da pesquisa com 1.124 pacientes dos centros de referência de tratamento de psoríase no Brasil. Até agora foram analisados os dados de apenas 877 pacientes, sendo 50% dos pacientes avaliados com doença na forma moderada a grave.
A psoríase é uma doença inflamatória crônica, não contagiosa e incurável - pode ter períodos de pausa, mas sempre volta. Ela acomete de 3% da população mundial e ainda não se sabe a causa.
“Sabe-se apenas que a causa é multifatorial, pode ser genética, psicossomática ou ter relação com infecções na garganta, baixa umidade do ar e também ser iniciada como reação por alguns medicamentos”, disse.
Romiti afirma também que a doença é pouco conhecida da população e que as feridas aparentes na pele provocam constrangimentos e fazendo com que a pessoa fique com baixa estima.
“Embora a maioria dos pacientes com psoríase queira se esconder, ironicamente o melhor remédio para eles é o sol. Os raios ultravioleta B acabam atuando na psoríase e melhorando muito a doença, uma das únicas dermatoses em que a atuação do sol é benéfica”, disse.
Nos casos mais leves também são indicados o uso de pomadas, loções, xampus ou géis.
iG
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