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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Com 242 mortos, Paraguai atravessa pior epidemia de dengue de sua história

Com 242 mortos, Paraguai atravessa pior epidemia de dengue de sua história
EFE
O Paraguai atravessa a pior epidemia de dengue da sua história, com 242 mortos neste ano, um número que pode disparar nos próximos meses de calor, por isso que o Governo procura com uma campanha de fumigação e prevenção alertar a sociedade civil.
 
Essa combinação de forças ocorre em vários bairros de Assunção, como o de Tacumbú, um dos maios afetados pelo vírus, onde empregados da saúde e brigadas municipais se somaram à mobilização "Juntos contra a Dengue", uma iniciativa da Confederação Paraguai de Cooperativas.
 
"Não queremos que mais paraguaios morram por esta doença, que se pode prevenir. É importante trabalharmos todos juntos contra a dengue, que já matou 242 pessoas", disse a vice-ministra paraguaia de Saúde, María Teresa Barán, que lembrava o drama da situação que o país vive.
 
Desta maneira, as brigadas - armadas com disparadores de fumaça e moto mochilas - jogaram inseticida biodegradável em algumas casas particulares, enquanto explicavam aos proprietários a necessidade de controlar de forma periódica os possíveis criadouros de dengue. "É algo que está sendo feito todos os anos, mas neste ano intensificamos pelo aumento de vítimas.
 
Assim, pedimos ao povo que limpem os pátios, depósitos, vasos, canaletas, pneus e garrafas", disse à Agência Efe Cessar Agouro, do departamento de imprensa do Serviço Nacional de Erradicação da Malária (Senepa). No entanto, Agouro reconheceu que o Paraguai está condenado a seguir alojando a dengue se seus cidadãos não adquirirem plena consciência da gravidade da epidemia.
 
"Não há uma consciência. O povo não entende a seriedade do problema. Já no ano passado muitos moradores se opuseram à fumigação e foi preciso emitir ordens judiciais para limpar suas casas", afirmou Agouro. Esta espécie de apatia social situa o Governo frente a uma dupla batalha: atuar com eficiência contra o mosquito portador da dengue, o Aedis aegypti, e, ao mesmo tempo, incentivar os paraguaios a tomar conhecimento do assunto.
 
"Falta um maior compromisso cidadão, acho inclusive que deveriam ser aplicadas sanções contra os responsáveis da sujeira em terrenos baldios e borracharias", declarou à Efe o doutor Silvio Ortega, diretor-geral do Senepa. Como amostra disso, Ortega disse que segue existindo um grande índice de resíduos sólidos, a principal causa de cultivo do mortífero mosquito.
 
"Neste ano temos 72% de resíduos, a mesma porcentagem que no ano passado, portanto podemos dizer que não avançamos muito", admitiu o médico. Na mesma linha, Oscar Basualdo, proprietário de uma das casas fumigadas na sexta-feira em Tacumbú, advertiu sobre a inutilidade da campanha se não for acompanhada da total participação dos cidadãos.
 
"São bastantes os que morreram, mas não existe consciência a respeito, e isso é verdadeiramente preocupante", opinou Basualdo. É preocupante também a próxima chegada do verão, em 21 de dezembro, e o possível desembarque no país do sorotipo 4 da dengue, que juntaria forças com o 2, o mais grave e que ocasionou quase todas as mortes de 2013.
 
Entre as fatores que explicam esse brutal aumento (172 falecimentos a mais do que os registradas em 2012), os especialistas citam a circulação simultânea desses sorotipos, os desajustes imunológicos nas pessoas com anteriores quadros de dengue e a automedicação dos afetados.
 
Todos os atores políticos e sociais paraguaios concordam que não existe outra estratégia para atalhar o agente do vírus do dengue que a criação de um rede de higiene comunitária como a que nesta sexta-feira foi lançada em Tacumbú.
 
E os cidadãos terão que entender que se trata de uma guerra, como definiu o vice-presidente do país, Juan Afara, durante a apresentação do programa "Juntos contra a Dengue", "Esta é uma guerra contra um mal que é o mal da sujeira. Essa é a realidade, mas nós vamos ganhar", destacou Afara.
 
EFE

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