Atividades de lazer podem aumentar a nossa rede de relacionamentos e nossas conexões sociais |
Viver momentos de lazer é essencial para alcançar qualidade de vida. Cultura e entretenimento estão diretamente relacionados ao estado de bem-estar que tanto buscamos. Encontrar amigos, ir ao cinema, assistir a uma peça de teatro ou até mesmo tomar um chimarrão na praça são atividades que podem aumentar o nível do neurotransmissor serotonina e do hormônio ocitocina, que estão associados ao bem-estar psíquico e, consequentemente, à saúde física.
Há, também, a estimulação de centros cerebrais de recompensa, associados ao prazer, os mesmos que são despertos quando degustamos um saboroso alimento, experimentamos uma nova paixão, quando solucionamos um problema ou quando conseguimos comprar algo novo e muito desejado. Ativar estes centros garante a sensação de bem-estar e de prazer, e a cultura e o lazer podem ser importantes estimulantes para isso.
Estes são, também, guerreiros implacáveis no combate ao estresse. As atividades de lazer podem aumentar a nossa rede de relacionamentos e nossas conexões sociais. Esses fatores estão diretamente associados a uma menor concentração de hormônios do estresse. E ficar estressado também faz mal à saúde, principalmente a do coração.
Nosso corpo é preparado para reagir prontamente a situações de emergência e de perigo a partir de adaptações como aumento da pressão arterial, de hormônios (como a adrenalina, por exemplo) e da frequência cardíaca. O estresse pode estimular o corpo de forma exagerada, prejudicando a saúde.
Estar em contato permanente com atividades culturais também é um excelente exercício para o cérebro. De acordo com o neurocientista Ivan Izquierdo, do Instituto do Cérebro, da Pontifícia Universidade Católica do Estado (PUCRS), a cultura contribui com informações importantes para o desenvolvimento do aprendizado e da inteligência.
— Ouvir uma boa música depois de um período de estudo, por exemplo, ajuda a entender melhor o que foi estudado e até a compreender a própria música — afirma o especialista.
O bem-estar psicológico também ganha quando estamos em contato com a arte. A psiquiatra Mireia Fortes Vianna Sulzbach lembra que ela também tem a função de nos identificar como indivíduos, conhecer culturas e nos situar no mundo.
— A arte nos ajuda a não nos sentirmos sozinhos, pois você percebe que existem outras pessoas que compartilham os mesmos sentimentos que você. Ela tem o poder de ser comum, de conectar as pessoas no movimento de sentir algo — explica.
E se a arte é comum, ela deve estar acessível a todos. Momentos de lazer como uma roda de chimarrão entre amigos, um passeio no parque ou uma caminhada ao ar livre são essenciais para a saúde e a qualidade de vida. E não custam nada. Além disso, é fácil encontrar uma programação cultural gratuita na cidade, com opções para todos os gostos e preferências.
Zero Hora
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