Rio de Janeiro – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou ontem
(2) a nota das operadoras de planos de saúde. O Índice de Desempenho da Saúde
Suplementar 2013 mostra que o número de operadoras com avaliação boa e muito boa
subiu de 17,2%, em 2009, para 63,5%. As que tiveram a pior avaliação passaram de
29,8% para 3%.
Quanto à distribuição dos beneficiários entre as operadoras, o número de
usuários em operadoras bem avaliadas passou de 43,6% para 74%, e de 6% para 0,5%
naquelas com nota mais baixa.
O índice varia de 0 (pior) a 1 (melhor) e avalia quatro áreas: assistência ao
usuário, rede das operadoras, situação econômico-financeira e a satisfação dos
clientes. Ao todo, são analisados 33 indicadores. Foram avaliadas todas as
operadoras em funcionamento no ano de 2012.
De acordo com a coordenadora de Qualidade e do Conhecimento da ANS, Andréa
Lozer, o resultado reflete um maior cerco às operadoras mal avaliadas. “Qual o
fenômeno que a gente tem: mais beneficiários em operadoras mais bem avaliadas
pela ANS e o resquício, o número de beneficiários em operadoras que não estão
tão bem avaliadas, está bem menor. Isso é um dado importante que demostra a ação
regulatória da ANS. As operadoras ruins, ou pior avaliadas no programa, estão
saindo do mercado. E as operadoras que estão ficando são as operadoras mais bem
avaliadas”.
De 2009 para 2013, o número de operadoras de planos médico-hospitalares em
atividade no país diminuiu 27%, caiu de 1.203 para 878. Já a quantidade de
beneficiários aumentou 19%, passando de 41,2 milhões para 49 milhões. Entre as
operadoras exclusivamente odontológicas, a queda foi 26%, de 433 para 320; com
crescimento de 77% de usuários, que saltaram de 7,9 milhões para 14 milhões.
O diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da agência reguladora,
Leandro Reis Tavares, explica que a avaliação anual do desempenho tem como
objetivo aumentar a transparência do setor de saúde suplementar, promover o
aprimoramento contínuo das operadoras, fornecer subsídios para o consumidor
fazer a escolha e estimular a concorrência do setor.
“A gente percebe um esforço grande do mercado em uma tentativa de aderir aos
preceitos, às recomendações e às exigências do órgão regulador com o objetivo de
atender às necessidades do consumidor, porque a gente tem que lembrar que essas
empresas existem porque o consumidor necessita delas, e, para tal, a gente
percebe que essas empresas vem buscando aderir ao que a agência exige”.
Ele lembra que os dados estão disponíveis para consulta no site da ANS, na sessão
Espaço da Qualidade. “A gente quer disponibilizar cada vez mais dados para a
sociedade, a gente quer capacitar o consumidor para fazer suas escolhas, quer
disponibilizar para os órgãos de defesa do consumidor ferramentas para
colaborarem na defesa dos interesses dos consumidores. Pioneiramente, a agência
permite que sejam feitas comparações livremente a partir do site, você
escolhe quais as dimensões e os indicadores que pode comparar”.
Agência Brasil
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