No período de 2005 a 2012, a incidência passou de 8,1 a cada 100 mil habitantes para 11,3, nas pesoas entre 15 e 24 anos
As taxas do Boletim Epidemiológico divulgadas neste domingo mostram que problemas conhecidos de aids no país seguem sem solução. A epidemia avança entre a população jovem, sobretudo entre o grupo masculino gay.
As taxas de mortalidade permanecem inalteradas e a transmissão vertical, embora evitável, continua presente. No ano passado, 63 casos foram registrados entre menores de um ano. Dentro desse quadro, surge uma nova preocupação. Segundo o pesquisador da Universidade de São Paulo Alexandre Grangeiro, há uma tendência de aumento de casos.
O boletim mostra que, em 2011, foram registrados 40.535 casos de aids no Brasil, uma marca que até então nunca havia sido alcançada. Em 2012, os números foram um pouco menores: 39.185.
Esse indicador, no entanto, pode mudar. Em razão do atraso nas notificações, ao longo do ano, ajustes geralmente são realizados. Considerando os números apontados em 2012, o país registra um aumento geral de casos de 12%, em relação a 2005, quando foram contabilizados 34.828 com a doença.
— Esse é um número que reflete infecções que ocorreram há 10 anos — justifica o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, ao falar sobre 2012.
Grangeiro, no entanto, avalia que vivemos um momento delicado.
— Essa tendência de aumento do número de casos, a resistência na queda da mortalidade ocorre quando uma série de técnicas para prevenção, tratamento, já são colocadas em prática.
Para o pesquisador da USP, a ampliação da oferta de medicamentos anunciada neste domingo é uma boa notícia, mas deve ser acompanhada também pela ampliação da estrutura de atendimento e, sobretudo, de uma política para redução do preconceito, que, garante, ainda está presente.
— Essa é uma das explicações para a resistência em fazer testagem pelo HIV — completa.
Pesquisas mostram que pessoas geralmente fazem o teste para confirmar que não têm o vírus.
— Quando há uma suspeita, a resistência aumenta. O que vemos, hoje, ainda é um grande número de pessoas que têm a doença diagnosticada numa fase mais avançada.
As taxas de mortalidade permanecem inalteradas e a transmissão vertical, embora evitável, continua presente. No ano passado, 63 casos foram registrados entre menores de um ano. Dentro desse quadro, surge uma nova preocupação. Segundo o pesquisador da Universidade de São Paulo Alexandre Grangeiro, há uma tendência de aumento de casos.
O boletim mostra que, em 2011, foram registrados 40.535 casos de aids no Brasil, uma marca que até então nunca havia sido alcançada. Em 2012, os números foram um pouco menores: 39.185.
Esse indicador, no entanto, pode mudar. Em razão do atraso nas notificações, ao longo do ano, ajustes geralmente são realizados. Considerando os números apontados em 2012, o país registra um aumento geral de casos de 12%, em relação a 2005, quando foram contabilizados 34.828 com a doença.
— Esse é um número que reflete infecções que ocorreram há 10 anos — justifica o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, ao falar sobre 2012.
Grangeiro, no entanto, avalia que vivemos um momento delicado.
— Essa tendência de aumento do número de casos, a resistência na queda da mortalidade ocorre quando uma série de técnicas para prevenção, tratamento, já são colocadas em prática.
Para o pesquisador da USP, a ampliação da oferta de medicamentos anunciada neste domingo é uma boa notícia, mas deve ser acompanhada também pela ampliação da estrutura de atendimento e, sobretudo, de uma política para redução do preconceito, que, garante, ainda está presente.
— Essa é uma das explicações para a resistência em fazer testagem pelo HIV — completa.
Pesquisas mostram que pessoas geralmente fazem o teste para confirmar que não têm o vírus.
— Quando há uma suspeita, a resistência aumenta. O que vemos, hoje, ainda é um grande número de pessoas que têm a doença diagnosticada numa fase mais avançada.
O boletim aponta para um aumento expressivo do número de casos na população entre 15 e 24 anos no período entre 2005 e 2012. Entre homens e mulheres nesta faixa etária, a incidência passou de 8,1 a cada 100 mil habitantes, para 11,3. As taxas são empurradas pelo comportamento entre o grupo masculino jovem.
No período, os números entre esse grupo cresceram 81%: saíram de 1.454 casos registrados para 2.635. Entre as mulheres jovens, a tendência é inversa. Nesta faixa etária, houve uma queda de 4% do número de casos.
Entre homossexuais masculinos, de todas as idades, a taxa de prevalência passou de 22,7 para cada 100 mil habitantes em 2005 para 32 por 100 mil, em 2012. Um número bem maior do que a taxa geral brasileira, que é de 20,2.
A transmissão da mãe para o bebê, durante a gestação e parto, pode ser evitada com o uso de antirretrovirais. Mesmo assim, em 2012, foram registrados 475 casos da doença entre menores de cinco anos — e, nessa faixa etária, a transmissão vertical é a principal forma de infecção.
No período, os números entre esse grupo cresceram 81%: saíram de 1.454 casos registrados para 2.635. Entre as mulheres jovens, a tendência é inversa. Nesta faixa etária, houve uma queda de 4% do número de casos.
Entre homossexuais masculinos, de todas as idades, a taxa de prevalência passou de 22,7 para cada 100 mil habitantes em 2005 para 32 por 100 mil, em 2012. Um número bem maior do que a taxa geral brasileira, que é de 20,2.
A transmissão da mãe para o bebê, durante a gestação e parto, pode ser evitada com o uso de antirretrovirais. Mesmo assim, em 2012, foram registrados 475 casos da doença entre menores de cinco anos — e, nessa faixa etária, a transmissão vertical é a principal forma de infecção.
Estadão
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