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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Novas diretrizes clínicas recomendam consumo moderado de vitaminas

Foto: Reprodução
Regularmente, surgem orientações contraditórias sobre o que é bom para a nossa saúde. Corte o sal. Não se preocupe com o sal. Comece logo a fazer exames de próstata. Ah, não, desencane dos exames.
 
Um novo estudo sugere que uma cirurgia realizada cerca de 700 mil vezes por ano nos EUA a um custo estimado de US$ 4 bilhões, não funciona melhor do que falsas cirurgias em caso de rompimento do menisco, a cartilagem que ajuda a amortecer e estabilizar os joelhos.
 
O estudo, publicado na revista "The New England Journal of Medicine", foi realizado na Finlândia em pacientes que passaram por incisões para a realização de artroscopias, só que em alguns a cirurgia não foi feita. Um ano depois, pacientes de ambos os grupos relatavam melhoras.
 
"Pegue cem pessoas com dor no joelho. Um altíssimo percentual tem uma ruptura de menisco", disse ao "New York Times" o cirurgião ortopedista Kenneth Fine, que leciona na Universidade George Washington, em Washington. "Eu digo a elas: 'Número 1: não tenho tanta certeza de que a ruptura do menisco esteja causando a sua dor. Número 2: mesmo que estiver, não tenho certeza de que a cirurgia vai resolver'."
 
Fine comparou isso aos esforços para ensinar às pessoas que "não é realmente bom tomar antibiótico para um resfriado comum. Há muita pressão para operar. Financeira, obviamente."
 
Os Estados Unidos gastam mais dinheiro com saúde do que qualquer outra nação industrializada, embora os americanos não estejam entre os mais saudáveis. Além disso, os americanos gastam US$ 30 bilhões por ano em suplementos alimentares, e metade dos adultos consome pílulas de vitaminas diariamente.
 
Num recente editorial da revista "The Annals of Internal Medicine", detalhada pelo "NYT", cinco médicos davam conselhos para quem consumia suplementos nutricionais: "Pare de gastar dinheiro".
 
Para pessoas saudáveis, não há indícios de que comprimidos de vitaminas e minerais sejam úteis, segundo os médicos. E, em alguns casos, eles podem ser nocivos. "A mensagem é simples", dizia o texto. "A maioria dos suplementos não previne contra doenças crônicas ou a morte, seu uso não se justifica, e eles deveriam ser evitados."
 
Jennifer Berman era devota da comida saudável "desde antes de isso ser descolado", escreveu ela no "NYT". Sua dieta era cheia de suco de couve e de vegetais crucíferos anticancerígenos, como brócolis, couve-flor, berinjela e couves-de-bruxelas. Quando essa cultura pegou, há duas décadas, e os amigos que antes a chamavam de maluca começaram a lhe pedir conselhos sobre o consumo de produtos orgânicos ou locais, ela sentiu certa satisfação por estar à frente do seu tempo.
 
Isso até ela ir ao médico e descobrir que tinha hipotireoidismo, comum em mulheres com mais de 40 anos. Ela examinou a lista de alimentos a evitar e viu no topo a couve-galega, seguida pelos vegetais crucíferos que ela consumia regularmente. Sementes chatas, ricas em ômega-3, que ela salpicava sobre os cereais e em shakes de morango com amêndoas, estavam descartadas. Também proibidos: amêndoas, morangos, soja, pêssegos, amendoim, milho, rabanete, nabo e espinafre.
 
O segundo golpe foi quando ela foi ao dentista, que encontrou cinco cáries em seus dentes e perguntou se ela consumia balas e refrigerantes diariamente. "Eu me senti insultada. Indignada", escreveu ela no "NYT".' "Respondi que não. Não como açúcar e só tomo sucos de legumes e verduras frescos -não mais de couve, é claro, mas de cenoura e salsão, que eu ainda podia. E filtrava a água com limão."
 
O dentista disse que os açúcares naturais nos sucos de frutas e legumes causam cáries, e que o limão, embora rico em vitamina C e em substâncias que previnem o câncer, havia desgastado o esmalte que protegia seus dentes.
 
Disse-lhe o dentista: "Você estaria melhor com chocolate e refrigerante".
 
Folhaonline

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