O Brasil tem um dos melhores programas de imunização do mundo. Atualmente, 96% das vacinas oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são produzidas em território brasileiro ou estão em processo de transferência de tecnologia. Esse foco na prevenção foi um dos principais motivos para a redução da mortalidade infantil no país.
Em crianças menores de cinco anos, a vacinação foi responsável pela acentuada queda nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras. Além disso, em 1989, o país erradicou a poliomielite e eliminou a circulação autóctone (dentro do território brasileiro) do vírus do sarampo, em 2000, e da rubéola, em 2009. Atualmente, só há casos registrados de pacientes infectados fora do país.
Em seu calendário básico infantil, o SUS oferece 12 vacinas que previnem mais de 20 doenças – BCG, hepatite B, penta, inativada poliomielite (VIP), oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) e DTP (difteria, tétano e coqueluche).
Por meio do Brasil Carinhoso, o Ministério da Saúde expandiu também a distribuição de doses de vitamina A para crianças entre seis meses e cinco anos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em campanhas de vacinação. A medida previne a deficiência dessa vitamina, que acomete 20% das crianças menores de cinco anos e, quando severa, provoca cegueira noturna e aumenta o risco de as crianças desenvolverem anemia, entre outros problemas.
O Brasil Carinhoso amplia ainda a oferta de sulfato ferroso na Rede de Atenção Básica de Saúde, além da distribuição gratuita, nas unidades do “Aqui Tem Farmácia Popular”, de medicamentos para asma – a segunda maior causa de internação e óbitos de crianças.
Objetivos do milênio
O índice de mortalidade de crianças caiu 77% no Brasil em 22 anos. Segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a taxa passou de 62 mortes a cada mil nascidos vivos para 14 óbitos por mil nascidos vivos. A queda mais acentuada ocorreu nos últimos anos. De 2002 a 2012, o país reduziu em 40% a taxa de mortalidade infantil.
O Brasil conseguiu alcançar também o Objetivo do Milênio para redução da taxa de mortalidade na infância (ODM 4) quatro anos antes do prazo estabelecido. Com o cumprimento dessa meta criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o principal desafio do Ministério da Saúde é conseguir adesão total de estados e municípios para atuarem diretamente no enfrentamento à taxa de mortalidade neonatal no país.
Além disso, o governo federal concentrará esforços na redução da desigualdade nas taxas de mortalidade infantil nas populações mais vulneráveis, como indígenas, quilombolas, ribeirinhas da Amazônia, entre outras. O governo brasileiro também assumiu o compromisso de realizar ações de cooperação internacional com outros países do mundo que ainda não conseguiram cumprir o ODM 4.
Programa Nacional de Imunizações
Em setembro, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, completou 40 anos de existência. A cada década foram ampliadas as medidas para prevenção, controle e erradicação de doenças. Atualmente, são oferecidos gratuitamente 42 tipos de imunobiológicos, incluindo 25 vacinas.
Em setembro, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, completou 40 anos de existência. A cada década foram ampliadas as medidas para prevenção, controle e erradicação de doenças. Atualmente, são oferecidos gratuitamente 42 tipos de imunobiológicos, incluindo 25 vacinas.
G1
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