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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Em 2014, Sudeste deve ter maior incidência de novos casos de câncer ligados à longevidade

Foto: Reprodução
Os novos números confirmam a tendência observada pelo Inca em 2012 de
redução dos casos novos de cânceres do colo do útero e de pulmão em homens
(pela queda no número de fumantes)
Estimativas de novos casos de câncer em 2014, divulgadas ontem pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Dia Mundial do Câncer, mostram as diferenças regionais na incidência de câncer
 
Hábitos e condições de saúde e socioeconômicas são os responsáveis pelas variações.
 
O estudo é baseado nos registros de casos e mortalidade por câncer. A estimativa é divulgada a cada dois anos, com o objetivo de desenhar o cenário da doença e permitir ajustes nas políticas públicas.
 
Os novos números confirmam a tendência observada pelo Inca em 2012 de redução dos casos novos de cânceres do colo do útero e de pulmão em homens (pela queda no número de fumantes).
 
O Sudeste deverá ter maior incidência de tumores associados a melhores condições socioeconômicas e à urbanização, que levam à maior expectativa de vida: próstata, mama e cólon e reto.
 
Apesar de o câncer de próstata ser o mais incidente entre os homens em todos os Estados brasileiros, o risco varia de 21 casos por 100 mil habitantes no Amapá a 108 no Rio de Janeiro. No país, a taxa bruta é de 70,4 casos por 100 mil habitantes.
 
Já no Norte o câncer de colo de útero, que pode ser evitado por meio do exame de Papanicolaou, deve continuar a ser o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. O tumor também é o segundo mais frequente entre as do Nordeste e Centro-Oeste, segundo o Inca –sempre excluído o tumor de pele não melanoma, o mais frequente em toda a população.
 
Em todos o país, o câncer de colo de útero ocupa a terceira colocação entre os mais frequentes no sexo feminino.
 
No Sul, chama a atenção a maior incidência de câncer de pulmão e de esôfago, devido à maior prevalência de fumantes na região e ao consumo do chimarrão.
 
Em toda a região Sul, a taxa bruta para o tumor maligno de pulmão é de 33,6 casos por 100 mil habitantes para homens (segundo colocado no ranking dos mais incidentes, depois do câncer de próstata) e a 21,35 para mulheres (terceiro no ranking, depois de mama e cólon e reto).
 
Em novembro, o Inca divulgou estimativa de 576.580 novos casos de câncer em 2014 em todo o país.
 
Folhaonline

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