Evite agendar logo antes ou depois da menstruação |
O câncer mama é um dos mais incidentes nas mulheres do Brasil e do mundo, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) fez a estimativa de 52.680 casos novos de câncer da mama só no ano de 2012, com um risco de 52 novos casos a cada 100 mil mulheres por ano. A principal arma contra o câncer de mama é seu diagnóstico precoce - segundo dados do Inca, se a doença for detectada em estágio inicial, a chance de cura chega a 90% - e a mamografia é a forma mais eficaz de acompanhar esse risco.
As recomendações do Ministério da Saúde para mamografia variam conforme a idade e histórico familiar da mulher: aos 35 anos, mulheres que possuem histórico familiar da doença devem fazer a mamografia anualmente a partir dessa idade; para mulheres que não possuem histórico familiar, a mamografia começa a fazer parte do check-up feminino a partir dos 40 anos; entre 50 e 59 anos, a mamografia pode ser feita com intervalo de até dois anos entre os exames.
Quando a rotina de exames começa, é comum as mulheres se queixarem de desconforto e dores durante a mamografia, que muitas vezes pode ser contornado com algumas mudanças desde seu agendamento até a conversa com o radiologista que fará o procedimento.
As recomendações do Ministério da Saúde para mamografia variam conforme a idade e histórico familiar da mulher: aos 35 anos, mulheres que possuem histórico familiar da doença devem fazer a mamografia anualmente a partir dessa idade; para mulheres que não possuem histórico familiar, a mamografia começa a fazer parte do check-up feminino a partir dos 40 anos; entre 50 e 59 anos, a mamografia pode ser feita com intervalo de até dois anos entre os exames.
Quando a rotina de exames começa, é comum as mulheres se queixarem de desconforto e dores durante a mamografia, que muitas vezes pode ser contornado com algumas mudanças desde seu agendamento até a conversa com o radiologista que fará o procedimento.
Confira aqui as recomendações dos especialistas:
A mamografia deverá ser realizada preferencialmente durante a segunda e terceira semanas do ciclo menstrual. "Nesse período há menor densidade do tecido glandular das mamas, tornando o exame mais detalhado e com menor desconforto", explica a radiologista Elvira Ferreira Marques, diretora de mamografia do A.C. Camargo Cancer Center. Além disso, no período da menstruação ou nas semanas próximas, as mamas costumam estar mais sensíveis, devido às alterações hormonais, e o exame se torna mais desconfortável.
As próteses de silicone podem interferir na visualização das mamas na radiografia, por isso é de extrema importância comunicar o técnico que fará o exame, caso você tenha os implantes. "Nesses casos, o radiologista precisa ajustar melhor as doses de radiação, de forma a melhorar a visualização das mamas", diz o oncologista Ricardo Caponero, da clínica de oncologia médica CLIONCO, em São Paulo. É necessário também posicionar a paciente de maneira específica, afastando os implantes de forma a expor a maior área possível de tecido mamário.
"Normalmente as mulheres devem tirar toda a parte superior da vestimenta e vestir um avental descartável, para realizar a mamografia", alerta o mastologista Rodrigo Pepe, vice-presidente centro-oeste da Sociedade Brasileira de Mastologia. Então, o melhor é evitar peças únicas, como vestidos, ou roupas muito difíceis de retirar, contornando desconfortos dessa natureza. De acordo com a radiologista Elvira, o ideal é usar uma camisa abotoada no dia do exame, pois esta pode ser facilmente retirada e vestida.
A paciente não deve passar nenhum tipo de produto nas mamas ou axilas no dia do exame. "Eles podem produzir imagens no resultado da mamografia que podem confundir o médico, podendo até levantar a suspeita equivocada de um tumor", ressalta o mastologista Rodrigo. A atenção deve ser redobrada com produtos que deixam resíduos, como cremes, desodorantes e talco.
De acordo com os especialistas, é imprescindível levar os exames anteriores. "A evolução de eventuais alterações na mama pode ser uma informação fundamental para o diagnóstico, e isso só é possível com o acompanhamento de todos os exames", declara o mastologista Ricardo. Além disso, as mamografias antigas permitem ao médico fazer uma comparação, identificando se uma lesão é nova ou não, mudando a interpretação do exame.
No momento do exame, permita que o radiologista te posicione da melhor forma, e avise caso esteja se sentindo desconfortável. "O posicionamento adequado das mamas no aparelho é importantíssimo para que toda a glândula seja examinada, e para isso é necessário que a paciente mantenha o corpo relaxado", explica a radiologista Elvira. Os especialistas ressaltam que qualquer mudança de posicionamento durante o exame pode prejudicar seu resultado - por isso, converse com o técnico e procurem juntos a melhor posição para o exame.
"Deve ser comunicada qualquer limitação da paciente, como rigidez muscular, dificuldade para levantar os braços e outros problemas que poderão dificultar a posição correta no aparelho", diz a radiologista Elvira. Uma vez que o posicionamento e conforto da paciente são fundamentais para o sucesso do exame, qualquer restrição deve ser comunicada. "Se de qualquer forma o posicionamento for impossível (o que é raro) deve-se procurar outros métodos de exame, como o ultrassom", afirma o mastologista Ricardo.
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