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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Exame é capaz de detectar os riscos de diabetes gestacional

Reprodução
Entenda como funciona esse exame, que ainda não está sendo completamente usado
 
Por Dra. Barbara Murayama
 
O diabetes gestacional é um quadro que pode trazer diversos riscos na gravidez. A principal consequência costuma ser um bebê de maior tamanho do que o normal e com mais chances de ter uma queda de açúcar no sangue (hipoglicemia) após o nascimento, pois produzem mais insulina do que terão acesso fora do útero. 
 
Porém, um novo teste está sendo estudado para indicar as chances de uma mulher ter esse tipo de complicação. É um exame de sangue simples para medir as quantidades de um hormônio chamado adiponectina, que participa de vários processos metabólicos, incluindo a regulação da glicemia, ou seja, do açúcar do sangue. 
 
A quantidade desse hormônio no plasma sanguíneo está inversamente relacionada com o percentual de gordura corporal em adultos, ou seja, quanto mais gordura no corpo, menos adiponectina circulante. Ela tem um papel na supressão de eventos metabólicos que podem causar diabetes tipo 2 e obesidade, entre outras doenças. 
 
As taxas de adiponectina estão reduzidas em diabéticos, se comparados aos não-diabéticos. A perda de peso corporal aumenta significativamente a concentração deste hormônio no plasma. Em pessoas com peso dentro da faixa de normalidade, os níveis dessa substância são mais altos. Por isso, se estiverem baixos, parece ser um indício de maior risco de diabetes gestacional. 
 
Como esse exame pode ser utilizado
O exame não é uma sentença, tampouco está na lista de exames de rotina de mulheres que pretendem engravidar, por enquanto. Claro que eualquer método que venha para agregar e que possa facilitar e ajudar a prevenir o diabetes é ótimo. Mas ainda é necessário mais estudos para saber se valerá a pena solicita-lo de rotina. 
 
Funcionaria da seguinte forma: se na chamada consulta pré-concepcional ou logo no início do pré-natal, detectássemos um risco aumentado de desenvolver diabetes, ficaríamos mais atentos a isso. Seria preciso investigar a história pessoal e familiar dessa mulher que pretende engravidar em busca de antecedentes de familiares com diabetes, além de história pessoal de sobrepeso ou obesidade, idade maior que 35 anos, filho anterior nascido com mais de quatro quilos, entre outros fatores de risco. Aproveitaríamos esse momento para reforçar orientações sobre uma dieta balanceada, rica em fibras e com menos carboidratos. Muitas vezes pode ser necessário que haja acompanhamento em conjunto com uma nutricionista. 
 
Também seria preciso reforçar a ideia de prática de atividade física, sempre prestando atenção para as gestantes que possam ter alguma contraindicação. E seriam realizados exames para detecção de diabete durante diversos momentos do pré-natal. 
 
Minha Vida

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