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quarta-feira, 21 de maio de 2014

O que é MERS?

Getty Images
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MERS é causada pelo coronavírus
Com sua origem no Oriente Médio, MERS é uma doença respiratória causada por um coronavírus, chamado MERS-Cov
 
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 27% das pessoas infectadas morrem. MERS é uma sigla para Síndrome Respiratória do Oriente Médio (do inglês, Middle East Respiratory Syndrome).
 
Um vírus do mesmo tipo afetou o continente asiático em 2003, causando uma pneumonia chamada de SARS. Ela começou a se disseminar por meio de um corona vírus que veio dos animais, atingiu o homem e no homem desenvolveu a capacidade de se transmitir entre pessoas. O MERS tem um mecanismo semelhante.
                               
O surto de SARS ocorreu principalmente na China. A doença foi controlada, terminando com 8 mil casos em todo o mundo e cerca de 700 mortes. Os especialistas ainda não sabem se a MERS irá se manifestar da mesma forma, se com mais ou menos intensidade.
                               
Assim como a SARS, a suspeita é de que a MERS tenha chegado aos humanos através de um animal. Ainda não se sabe de qual animal o MERS veio - o palpite mais certo é que veio de um morcego ou outros animais mais próximos do homem. A única referência se tem hoje de infecção por MERS em animais são nos camelos do Oriente Médio, mas ainda não é certeza de que eles foram os responsáveis por contaminar serem humanos ou se foram vítimas do contágio por outro animal, assim como nós.                                
 
Causas                        
Epidemias de MERS foram detectadas ano passado em alguns países do Oriente Médio, como Kwatar, Kwait, Arábia Saudita e Jordânia. Nessas regiões foram notificados os primeiros casos da doença. Algumas pessoas que viajaram até a Península Arábica ou saíram dela para outro país acabaram manifestando a doença, levando os primeiros casos para a Europa e Estados Unidos.
                                
A transmissão por MERS não acontece como o vírus da gripe, por exemplo. No caso da gripe, antes mesmo de você manifestar sintomas já é possível transmitir o vírus através de tosse, espirros ou outro tipo de contato direto. Gripe é uma doença com alta capacidade de contágio. Com a MERS é diferente.
                               
Acredita-se que o vírus causador da MERS só tenha capacidade de transmissão nos estágios mais avançados da doença, nos quais o paciente já possui uma carga muito grande do vírus no corpo, acometendo o pulmão. Nessa fase, o paciente é capaz de eliminar MERS-cov pela tosse, aumentando o risco de transmissão via aérea. Dessa forma, para transmitir MERS é necessário um contato direto por muito tempo com a pessoa infectada.
                               
É importante, portando, que qualquer pessoa com suspeita de MERS seja deixada no hospital em quarentena, evitando a transmissão.                                
 
Fatores de risco                        
Atualmente, o maior fator de risco para contrair MERS é viajar para algum país da Península Arábica, ou estar constantemente em contato com turistas que venham dessas regiões.
 
Sintomas de MERS
                       
Os principais sintomas de MERS são:
  • Febre
  • Tosse
  • Dificuldade pra respirar
  • Falta de ar
  • Mal estar

Buscando ajuda médica
Na presença dos sintomas descritos é necessário procurar um médico, principalmente se você fez uma viagem para o Oriente Médio.                                
 
Diagnóstico de MERS                        
Todos os casos de infecção respiratória vindos da Península Arábica devem ser colocados em quarentena.
                               
Para o estabelecimento do diagnóstico, deve-se obter amostras de secreções das vias aéreas inferiores e buscar a presença do vírus nas mucosas. Hoje em dia esse é o único meio de obter o diagnóstico acertivo para MERS.
 
Tratamento de MERS
Não há vacina ou tratamento específico para MERS. O que os médicos e enfermeiros fazem hoje é tratar os sintomas, com medicamentos para febre e aparelhos para ajudar na respiração. Atualmente, o que se pode fazer é esperar o próprio corpo combater o vírus.
 
Complicações possíveis
A maior complicação do MERS é seu alto risco de morte. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 27% dos infectados não resistem ao vírus. Sem um tratamento direcionado, as chances desse tipo de complicação são maiores.
 
Prevenção
Ainda não existe vacina para prevenir MERS. A Organização Mundial de Saúde e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA não que as pessoas mudam seus planos de viagem por causa da propagação do vírus. No entanto, aqueles que se dirigem ao Oriente Médio devem tomar medidas comumente conhecidas para prevenir doenças respiratórias, tais como lavar as mãos, cobrindo o nariz e a boca quando espirrar ou tossir e evitar pessoas doentes. Não esfregar as mãos sujas nos olhos ou boca também é uma recomendação.

Fontes e referências:
Stefan Cunha Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
 
Organização Mundial de Saúde
 
Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos
 
Minha Vida

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