Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 21 de maio de 2014

Especialista esclarece sobre sexo após infarto

Foto: Reprodução
A vida sexual pode ser retomada normalmente após um
evento cardíaco
Ao contrário do que muitos pensam, a vida sexual pode ser retomada normalmente após um evento cardíaco
 
A maioria das pessoas que já sofreu um infarto se questiona sobre como será às relações sexuais posteriores. Mas de acordo com o cardiologista, Eduardo Nagib, diretor médico do Hospital TotalCor, não há porque se preocupar. “A vida sexual pode ser retomada normalmente após um evento cardíaco. Recomenda-se apenas um período, que varia de uma semana a dez dias, no qual o paciente deverá evitar fazer esforços físicos, de moderados a intensos, incluindo a atividade sexual.”, explicou Nagib.
 
No entanto, dependendo da gravidade e da extensão da doença coronariana, o esforço realizado pelo paciente durante a atividade sexual pode representar risco. Mas, de um modo geral, passada a fase aguda do infarto e o período de recuperação recomendado pelo médico, os riscos são muito pequenos. Para tanto, é fundamental que o paciente não interrompa o seu tratamento.

Outra dúvida recorrente é em relação ao uso de remédios para aumentar o desempenho sexual após um infarto. Mas ao contrário do que muitos pensam, eles podem ser usados pela maioria dos pacientes : “A única contraindicação para o uso destes medicamentos ocorre quando o paciente faz uso contínuo de nitratos (isordil, monocordil). Isso porque a interação destes remédios pode causar uma queda importante de pressão e isquemia cardíaca, o que pode ser grave nestes casos”, esclareceu Nagib. Ainda segundo o cardiologista, o uso de bebidas alcoólicas, embora não seja proibida, reduz a potência de ações dos medicamentos usados para a melhora da ereção.

Outra curiosidade é que os pacientes que já possuem stents ou se submeteram à uma cirurgia cardíaca teoricamente estão mais protegidos. “Estes pacientes tiveram suas obstruções coronarianas resolvidas de forma mecânica e apresentam na sua maioria menos risco de isquemia cardíaca e infarto em curto prazo”, explicou Nagib.
 
Mas mesmo assim devem ficar atentos aos principais sintomas, em especial a dor no peito, durante a atividade sexual. Caso o paciente tiver dor, o recomendado é interromper a atividade e procurar uma emergência. Ele pode estar diante de uma angina no peito ou de um processo de infarto agudo do miocárdio. No mais, não há nenhuma patologia que torna a relação sexual inviável ou contraindicada. Para Nagib, “pelo contrário, deve ser recomendada”.
 
Priscila Pais

Nenhum comentário:

Postar um comentário