Estudo indica que questões simples são
suficientes para que um clínico geral identifique casos potenciais e
reais de abuso de bebidas
Londres – Duas perguntas são o bastante para estabelecer se uma
pessoa sofre ou tem risco de desenvolver um problema com álcool, afirma
estudo britânico voltado para clínicos gerais. “Quão frequentemente você
bebe seis ou mais drinques em uma ocasião?” e “aconteceu algo no último
ano como resultado do seu uso de álcool ou drogas que você desejaria
que não tivesse ocorrido?” são as duas questões simples que o médico
deveria fazer para detectar possíveis casos de abuso no consumo de
bebidas.
Cientistas da Universidade de Leicester, liderados pelo
psicólogo e oncologista Alex Mitchell, revisaram 17 estudos anteriores
sobre o álcool com um total de 5.646 pessoas para avaliar se uma triagem
preliminar usando uma ou duas perguntas poderia fornecer fundamentos
acurados para uma eventual intervenção. A equipe descobriu que “a
abordagem ótima parece ter apenas duas questões”, seguidas por
possivelmente mais quatro perguntas.
Segundo os pesquisadores, com
estas perguntas é possível ter “uma acurácia geral de 90,9% com apenas
3,3 perguntas por atendimento”. O estudo foi publicado na edição desta
segunda-feira do periódico “British Journal of General Practice”.
Clínico gerais atualmente não precisam fazer uma triagem de todos os pacientes em busca de problemas com álcool, lembram os pesquisadores, mas se eles quiserem fazê-lo muitas das avaliações disponíveis têm até dez perguntas. E questionários muito grandes podem ser uma tarefa muito demorada e cansativa para ser feita com todos os pacientes. Assim, os cientistas buscaram determinar se há espaço para avaliações mais curtas que possam ser mais usadas “sem sacrificar sua acurácia”.
Clínico gerais atualmente não precisam fazer uma triagem de todos os pacientes em busca de problemas com álcool, lembram os pesquisadores, mas se eles quiserem fazê-lo muitas das avaliações disponíveis têm até dez perguntas. E questionários muito grandes podem ser uma tarefa muito demorada e cansativa para ser feita com todos os pacientes. Assim, os cientistas buscaram determinar se há espaço para avaliações mais curtas que possam ser mais usadas “sem sacrificar sua acurácia”.
Com
apenas as duas questões, foi possível identificar o abuso de bebidas
corretamente em 87,2% dos casos, assim como identificar corretamente
aqueles que não sofrem do problema em 79,8% das vezes. Já as quatro
perguntas extras para aumentar a acurácia da avaliação foram tiradas do
questionário “CAGE”, método de triagem de problemas de alcoolismo muito
usado no Reino Unido e desenvolvido por John Ewing em 1984. Já o Teste
de Identificação de Desordens no Uso de Álcool (AUDIT, na sigla em
inglês) tem dez perguntas.
As consequências da conclusão de que
bastam duas perguntas para detectar o abuso de bebidas em uma grande
parte da população significa que os clínicos gerais podem avaliar e
tratar o problema mais fácil e rápido do que se pensava.
O Globo
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