O que você faria de diferente se fosse o Felipão? Com
certeza essa pergunta já foi respondida diversas vezes durante a Copa do
Mundo. Quando o assunto é futebol, todos os brasileiros têm um pouco de
técnicos. No entanto, a função de líder de uma equipe não é tão fácil
quanto alguns pensam e, em momentos decisivos, como uma semifinal do
Mundial ou a finalização de um projeto milionário, o chefão tem de saber
lidar com a pressão.
Para
a especialista em gestão de pessoas Mônica Hauck, CEO e Fundadora da
Solides, empresa de soluções de TI para recursos humanos, um dos erros
do técnico da Seleção Brasileira foi a forma de escolher o zagueiro
Thiago Silva como capitão do time.
Na opinião de Mônica,
está claro que o jogador tem potencial de liderança, mas na hora que
precisou exercer isso, não teve a postura esperada. “Isso não significa
que ele não é líder, mas pode significar que ele não está pronto”,
comenta Mônica.
A especialista lembra que é função do chefe formar novos líderes e que esse é um processo de construção. No caso da Seleção, o técnico Felipão agiu em favor do Thiago Silva, colocando à disposição psicólogos para ajudar o capitão a lidar com a pressão, principalmente após o polêmico choro e o pedido de não participar da cobrança de pênaltis na partida contra o Chile, pelas oitavas de final da Copa. “O que a gente pode avaliar é se, em plena Copa do Mundo, é a hora de fazer essa construção de liderança ou se é hora de colocar um líder pronto, mais experiente e que dê conta”, observa.
A especialista lembra que é função do chefe formar novos líderes e que esse é um processo de construção. No caso da Seleção, o técnico Felipão agiu em favor do Thiago Silva, colocando à disposição psicólogos para ajudar o capitão a lidar com a pressão, principalmente após o polêmico choro e o pedido de não participar da cobrança de pênaltis na partida contra o Chile, pelas oitavas de final da Copa. “O que a gente pode avaliar é se, em plena Copa do Mundo, é a hora de fazer essa construção de liderança ou se é hora de colocar um líder pronto, mais experiente e que dê conta”, observa.
Bruno Domingos/Mowa Press - Zagueiro Thiago Silva |
Em
momentos de tensão no trabalho, você mesmo já deve ter visto algum
colega chorando. Para Mônica, essa expressão da emoção é secundária.
Segundo a especialista, esta já é a forma natural dos brasileiros
agirem, pois faz parte da nossa cultura ser emotivo em um ambiente de
trabalho.
“A forma como a pessoa vai demonstrar a emoção vai ser
relativa, é muito difícil discutir isso. O líder tem de fazer o que
precisa ser feito. Se vai fazer rindo ou chorando, isso varia muito. O
que tem de ter é atuação, e no caso da Seleção, parece que o David Luis
dá conta”, diz. O zagueiro substituirá Thiago Silva como capitão do time
na partida contra a Alemanha, pela semifinal da Copa.
Crise pode ser encarada como oportunidade
Com
a saída de Neymar e a suspensão de Thiago Silva, parte da torcida já
começa a duvidar que a equipe de Felipão vai conseguir passar para a
final do Mundial. Primeiro, porque os dois jogadores exercem papéis
fundamentais no time e, segundo, por imaginar que o restante da Seleção
pode estar abalado com os desfalques. No entanto, como em qualquer
organização, os momentos de crise podem ser encarados como uma boa
oportunidade para os funcionários mostrarem toda a sua capacidade.
No caso de um líder ou alguém muito importante da equipe
que deixa a empresa ou precisa ficar um tempo fora, como aconteceu com
Thiago Silva e Neymar, é importante que o subordinado não desanime, tome
as rédeas da situação e mostre que tem potencial para ocupar um cargo
de liderança. Desta maneira, todo o resto da organização vai observar as
qualidades que até então ele não teve chance de expor, podendo até
surgir uma oportunidade de promoção.
Porém, Mônica lembra que é
preciso cuidado neste momento. “Tem de mostrar que você é líder também,
mas com muita ética e sem desqualificar aquele que está passando por um
momento de dificuldade”, comenta. “Se a equipe estiver bem entrosada,
eles vão entregar um resultado igual ou até melhor.”
iG
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