Agência Brasília/Divulgação Pesquisadores desenvolvem armadilha para capturar o mosquito |
Após três anos de trabalho, pesquisadores brasileiros e americanos
conseguiram com a ajuda da inteligência artificial desenvolver armadilha
tecnológica para capturar mosquitos. Ela atrai os insetos para um
compartimento, identifica quais devem ser pegos e os tranca em outro
local onde eles acabam grudados em um papel colante.
O pesquisador Gustavo Batista, do câmpus de São Carlos da Universidade de São Paulo, explica que "existe um sensor que decide se prende ou solta o inseto".
O pesquisador Gustavo Batista, do câmpus de São Carlos da Universidade de São Paulo, explica que "existe um sensor que decide se prende ou solta o inseto".
— Se ele ficar preso, o ar o empurra para uma segunda câmara onde é retido pelo papel adesivo.
Segundo ele, a tecnologia inovadora vai contribuir para combater
dengue, malária e pragas agrícolas. O custo é baixo (R$ 30) e a
possibilidade de acerto na captura correta dos mosquitos varia de 98% a
99%.
— Hoje já há uma armadilha para capturar insetos prendendo em um papel
adesivo. O problema é que ela acaba capturando tudo, inclusive insetos
que não precisariam ser capturados.
Para os pesquisadores, a nova tecnologia será eficaz, principalmente,
no combate aos mosquitos de gênero Anopheles, vetores da malária, e
ainda aos mosquitos do gênero Aedes, vetores da dengue e da febre
amarela.
— A vantagem do sensor é que ele permite identificar onde o inseto está em tempo real.
O aparelho visa a identificar quantos e quais mosquitos estão em
determinada área por meio do reconhecimento automático das espécies.
Isso possibilita combater os efeitos nocivos dos insetos também na
agricultura. A armadilha funciona por meio de um dispositivo que emite
uma luz a laser. Ao atravessá-la, as variações das asas do mosquito são
captadas por fototransistores, que transmitem a informação a um circuito
que qualifica o inseto.
Antes, o mosquito vai parar na armadilha atraído por dióxido de carbono, uma substância capaz de atrair as fêmeas. Depois, ele é puxado por um fluxo de ar em direção ao sensor e lá é identificado, podendo ser liberado ou terminar no outro compartimento grudado no papel.
Antes, o mosquito vai parar na armadilha atraído por dióxido de carbono, uma substância capaz de atrair as fêmeas. Depois, ele é puxado por um fluxo de ar em direção ao sensor e lá é identificado, podendo ser liberado ou terminar no outro compartimento grudado no papel.
Importância
Sem contar os mosquitos da dengue e da malária, o estudo coletou dados e
criou sistemas de reconhecimento automático para diversas espécies,
como a mosca-de-banheiro, mosca-da-fruta, mosca doméstica, abelha,
joaninha, besouro e abelha. O sensor pode classificar qualquer espécie
de inseto, mas para isso é necessário que sejam coletados exemplos das
espécies desejadas, contou outro pesquisador, Diego Furtado Silva.
R7
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