Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 8 de julho de 2014

Com o coração na mão: mulher vive com órgão biônico guardado na bolsa

http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2014/07/04/article-2680562-1F61A33D00000578-660_636x382.jpg
Reprodução Daily Mail
À espera de um transplante, jovem britânica precisa de ajuda mecânica para sobreviver 

Londres — À primeira vista, Daniela Vargova, moradora da pequena Chippenham, na Inglaterra, parece uma pessoa normal, mas desde o ano passado ela carrega nas mãos um coração biônico que a mantém viva. Trata-se de um Dispositivo de Assistência Ventricular Esquerda (LVAD, na gila em inglês), essencial para o bombeamento do sangue da jovem até que ela consiga encontrar um doador para transplante.

Aos 30 anos, Daniela procura passar o máximo de tempo ao lado do marido, Feliks Rahuoja, e da família. No dia a dia, o LVAD fica guardado dentro de uma bolsa de mão, inseparável para mantê-la viva. Apesar do desconforto, ela se considera uma pessoa com sorte por ter sobrevivido às crises cardíacas pelas quais passou.

— Às vezes eu acho difícil transportar o LVAD o tempo todo. É estranho saber que é graças a algo que está na minha bolsa que estou viva —disse Daniela, ao jornal britânico “Daily Mail”. — Mas eu tenho consciência da sorte que tenho. Eu recebi uma chance para viver que nem todos tiveram.

Daniela recebeu o LVAD em agosto do ano passado, em cirurgia que durou quase quatro horas no Harefield Hospital, em Londres. Ela começou a se sentir mal em dezembro de 2012, quando sentiu dores severas no peito. Em consultas, foi diagnosticada com arritmia ventricular e recebeu um marcapasso, mas os sintomas não desapareceram. Em novos exames, ela foi diagnosticada com miocardiopatia dilatada, que culminou com uma parada cardiorrespiratória em julho de 2013.

— Os doutores avisaram Feliks que eu tinha poucas chances de sobreviver e que ele deveria avisar a minha família — lembrou Daniela.

André Simon, cirurgião responsável pelo implante do LVAD em Daniela, explica que o dispositivo funciona como um coração mecânico, que serve de suporte ao órgão fragilizado. Eles são indicados para pacientes como Daniela como uma forma de prolongar a espera por um transplante.

— O LVAD permite que o paciente deixe o hospital e continue a viver até encontrar um doador — explicou Simon. — Infelizmente, existem poucos doadores de órgãos e muitos pacientes vivem com o LVAD por muitos anos antes de receber o transplante.

O LVAD em si fica dentro do corpo de Daniela, ligado por um fio para a bateria, que fica na parte externa. A bateria pesa cerca de dois quilos e meio e precisa ser recarregada a cada seis horas.

— O caminho foi duro, mas agora eu levo a minha vida normalmente — disse Daniela.

O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário