Na época, ela e seus parentes protagonizaram uma briga
pública para que o plano de saúde pagasse o tratamento médico. A batalha
foi ganha, mas a satisfação pessoal não veio. Em meio a isso, Roseli
começou a sentir que o jornalismo tradicional não fazia mais sentido.
No ano passado, em parceria com Cristina Sant’Anna, Roseli escreveu o livro O Valor da Vida – 10 anos da Agência Aids,
narrando a história de criação da agência, responsável por produzir,
reproduzir e repercutir reportagens, matérias e conteúdos relacionados
ao HIV, além de orientar a imprensa com relação ao tema. Atualizado
diariamente, o portal conta com o financiamento do Senac e da Câmara
Municipal de São Paulo e tem o apoio do Programa Conjunto das Nações
Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e do Governo do Estado de São Paulo.
"Quando vivenciamos nossa impotência em relação a uma
doença ou uma pandemia como é a questão da Aids, reorganizamos alguns
valores. Hoje sou mais humana, tenho mais cuidado com as pessoas. Aqui
na agência, nós não temos olhares de censura ou julgamento, diferente do
que aconteceu na mídia nos anos 1980”, conta Roseli, referindo-se à
forma como o assunto era tratado pela imprensa quando a doença foi
descoberta. “Era o câncer gay.”
Entre os desafios enfrentados para a implementação do projeto, um se destaca: “Muitos pensam que a empresa é uma ONG e não é nada disso. Somos uma agência de notícias que quer tentar trazer a pauta da Aids de novo para os cotidianos das grandes redações, dessa vez com um viés um pouco mais solidário, humano e responsável. Estamos tratando de uma doença que afeta 32 milhões de pessoas em todo mundo”, conta a jornalista.
Conquistas também no continente africano
Formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, Roseli foi a primeira mulher a ancorar um radiojornal e apresentar o programa Roda Vida, da TV Cultura. Com o sucesso da Agência Aids, a profissional aproveitou para fundar, em 2009, a Agência Sida em Moçambique, na África, que trata do mesmo tema, mas relacionado aos dados e à população locais. O veículo conta com o apoio do Unaids e do Unicef.
Entre os desafios enfrentados para a implementação do projeto, um se destaca: “Muitos pensam que a empresa é uma ONG e não é nada disso. Somos uma agência de notícias que quer tentar trazer a pauta da Aids de novo para os cotidianos das grandes redações, dessa vez com um viés um pouco mais solidário, humano e responsável. Estamos tratando de uma doença que afeta 32 milhões de pessoas em todo mundo”, conta a jornalista.
Conquistas também no continente africano
Formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, Roseli foi a primeira mulher a ancorar um radiojornal e apresentar o programa Roda Vida, da TV Cultura. Com o sucesso da Agência Aids, a profissional aproveitou para fundar, em 2009, a Agência Sida em Moçambique, na África, que trata do mesmo tema, mas relacionado aos dados e à população locais. O veículo conta com o apoio do Unaids e do Unicef.
Para o futuro, “se a gente conseguir que os países de
língua africana e portuguesa tenham um serviço como o que fizemos em
Moçambique, teremos uma contribuição bastante significativa”, diz
Roseli. “Hoje eu procuro correr atrás do prejuízo, ajudando a construir
uma nova forma de comunicação para ver se as pessoas percebem a sua
vulnerabilidade. Acho que ainda falta campanha e ação. Falta a gente
dizer para as pessoas que viver com nenhuma doença é bom e viver com
Aids também é possível.”
Terra
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