Divulgação / SES-DF Vinte e dois médicos cubanos do Programa Mais Médicos ameaçam abandonar suas atividades em Araçatuba |
Vinte e dois médicos cubanos do Programa Mais Médicos ameaçam abandonar
suas atividades em Araçatuba, no interior de São Paulo, porque a
prefeitura da cidade não pagou os auxílios de moradia e alimentação
devido a eles. Além de não pagar os auxílios, a prefeitura também os
constrange ao cobrar notas fiscais e comprovantes dos gastos com os
auxílios.
Os médicos também acusam a prefeitura de se negar a fazer os repasses individuais a eles, conforme determina a lei, quando o médico é casado com outro profissional do mesmo programa. Para piorar, a administração municipal anunciou que vai reduzir em 32% o valor do auxílio-moradia aos profissionais cubanos.
Pela portaria interministerial 1.369, de 8 de julho de 2013, que regulamenta o Programa Mais Médicos, o pagamento dos auxílios é uma obrigação que cabe a cada município incluído no programa. As cidades são obrigadas a arcar com o fornecimento de moradia, alimentação, água e transporte dos profissionais, enquanto o salário é pago pelo governo federal.
Os médicos também acusam a prefeitura de se negar a fazer os repasses individuais a eles, conforme determina a lei, quando o médico é casado com outro profissional do mesmo programa. Para piorar, a administração municipal anunciou que vai reduzir em 32% o valor do auxílio-moradia aos profissionais cubanos.
Pela portaria interministerial 1.369, de 8 de julho de 2013, que regulamenta o Programa Mais Médicos, o pagamento dos auxílios é uma obrigação que cabe a cada município incluído no programa. As cidades são obrigadas a arcar com o fornecimento de moradia, alimentação, água e transporte dos profissionais, enquanto o salário é pago pelo governo federal.
Por conta da situação, os médicos dizem que querem deixar a cidade e
procurar "outros municípios, onde seremos mais respeitados". Os auxílios
deveriam ter sido pagos dia 1º deste mês. "Com o atraso não temos
dinheiro para pagar o aluguel e as outras despesas com energia elétrica,
gás, condomínio e água", contou um casal de médicos cubanos que pediu
para não ser identificado. O casal disse que a prefeitura também não
quer pagar os auxílios individuais para cada um. "Eles querem que a
gente receba somente um auxílio para cada casal, pensamos que isso não é
legal."
Nesta terça-feira (15) a prefeitura, além de não pagar os médicos, anunciou que vai reduzir o valor do auxílio-moradia. Os auxílios foram instituídos por lei municipal, de 30 de dezembro de 2013, que estabeleceu o valor máximo de até R$ 2,5 mil para auxílio moradia e R$ 500 para auxílio alimentação.
A prefeitura alega que, como o valor foi definido como teto, pode
legalmente reduzi-lo e, por isso, vai pagar somente R$ 1,7 mil como
auxílio-moradia a cada médico. No entanto, como a administração já
iniciou o programa pagando o teto, advogados dizem que os valores não
poderiam ser reduzidos. Sobre o pagamento atrasado, a prefeitura
informou que vai colocá-lo em dia a partir de sexta-feira (18).
O secretário de Saúde, José Carlos Teixeira, disse em nota que a
redução do valor do auxílio foi estabelecida em acordo com os médicos,
que de agora em diante não precisarão mais prestar contas dos seus
gastos. Segundo Teixeira, a secretaria teve o cuidado de verificar em
outros sete municípios a maneira como os auxílios são pagos e chegou à
conclusão de que o valor de R$ 1,7 mil é suficiente para cobrir os
gastos.
Estadão
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