Reprodução - Atualmente, a ultrassonografia é o principal exame para a avaliação do nódulo tiroidiano
e deve ser feita por um profissional bem treinado
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A tireoide é uma glândula localizada inferiormente na face anterior do
pescoço e é responsável principalmente pela produção de hormônios que regulam o
metabolismo (ganho e gasto de energia) do corpo. Os nódulos de tireoide
são muito comuns em mulheres e a chance de tê-los aumenta com a idade. A
deficiência de iodo na dieta é uma causa, embora a maioria não tenha um agente
determinado
Nas últimas décadas, houve aumento na detecção do nódulo tireoidiano por
causa do maior uso da ultrassonografia e de outros exames da região cervical,
como ressonância magnética.
“Os nódulos são detectados na maioria das
ultrassonografias realizadas em adultos, no entanto, apenas 5% deles são
malignos, ou seja, câncer. A vasta maioria é benigna e assintomática, embora
sintomas como dificuldade ou desconforto ao engolir e rouquidão possam surgir,
principalmente pelo aumento da glândula por conta do número ou do tamanho dos
nódulos”, explica Ricardo Delfim, radiologista da Clínica de Diagnóstico por
Imagem (CDPI).
A maioria dos nódulos de tireoide não causa nenhuma alteração hormonal e
não necessita de tratamento, e sim de acompanhamento. “Somente uma avaliação
clínica e testes laboratoriais mostrarão se o nódulo é hiperfuncionante
(produtor de hormônio) ou não. Esses testes não servem para diagnosticar
câncer, que é considerado raro”, afirma Ricardo Delfim. O câncer de
tireoide representa menos de 2% dos cânceres em homens e cerca de 2-5% em
mulheres, segundo a Estimativa de Câncer 2014 do Inca.
Atualmente, a ultrassonografia é o principal exame para a avaliação do
nódulo tiroidiano e deve ser feita por um profissional bem treinado, com título
de especialista pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, se possível dedicado à
tireoide, e em equipamento sensível com Doppler colorido.
“Com esse exame será
descrita a presença de características suspeitas, ressaltando o(s) nódulo(s)
que tem maior chance de ser câncer. Estes serão submetidos à punção aspirativa
por agulha fina guiada por ultrassonografia. O exame é considerado simples,
rápido, relativamente indolor, semelhante a uma coleta de sangue. Consiste na
coleta de uma quantidade mínima de líquido do nódulo para o estudo
citopatológico (análise das células)”, conclui o especialista.
O sucesso do exame depende principalmente da
experiência do médico que faz o procedimento e do citopatologista que examinará
a amostra. Com o advento da punção aspirativa por agulha fina, muitos nódulos
benignos deixaram de ser submetidos à cirurgia, mas, ainda estes, podem ser
removidos, por conta do quadro clínico, independentemente do resultado benigno.
Os nódulos suspeitos ou mesmos os que não tenham esse diagnóstico, mas com
quadro ultrassonográfico ou clínico que sugira risco de malignidade devem ser submetidos
à cirurgia.
Confirmado cirurgicamente o diagnóstico de câncer, em determinados
casos é realizado tratamento complementar com iodo radioativo, assim, as
chances de cura são grandes. O acompanhamento de um especialista é essencial
para o sucesso desse tratamento.
Juliana Xavier
Assessoria de Imprensa
juliana@saudeempauta.com.br
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