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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

SUS deve passar a fazer transplante multivisceral

Estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado são retirados em bloco de um único doador

O Ministério da Saúde acerta os últimos detalhes para incluir o transplante multivisceral no SUS (Sistema Único de Saúde).

Pacientes com indicação para o procedimento recebem, de uma só vez, estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado, retirados em bloco, de um único doador. Até agora, dois procedimentos foram feitos no País. Em 2012, no Hospital Albert Einstein e este ano, no Hospital das Clínicas.

Para o coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Murari, "o primeiro passo será definir o marco regulatório". Entre os pontos que deverão ser definidos por regulamento, afirmou, estão os critérios para indicação do tratamento e para a fila de espera por doador.

— No transplante multivisceral, órgãos de um doador são encaminhados para um paciente apenas. Nos demais, vários pacientes são beneficiados. É preciso criar regras claras para definir a estratégia que resolva essa equação de forma justa.

As regras estarão num decreto, que deverá ser encaminhado nos próximos dias para a Casa Civil. O texto abre espaço também para a realização do transplante de tecido composto — como é batizado o procedimento que permite o transplante de braços, pernas ou da face.

Murari afirmou que a proposta do decreto integra uma série de medidas para o setor. Ele informou que será criado um Sistema de Regulação do Transplante de Medula Óssea, que permitirá o intercâmbio de pacientes entre Estados para a realização do procedimento.

Atualmente, são 29 centros especializados e credenciados pelo SUS para a terapia. No entanto, afirma, 80% dos procedimentos ocorrem em 13 centros.

— Vamos avaliar. Há centros que podem realizadores do transplante somente no papel.

O Brasil, afirma, tem um dos maiores bancos de medula óssea do mundo.

— Temos 200 pessoas com medula compatível identificada, mas que estão a espera do procedimento.

A presidente da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Lúcia Silla, afirma que no serviço que trabalha, ligado ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a média de espera para atendimento pode ser de 21 meses.

— Em todo o País, certamente há gente morrendo na fila de espera de transplante.

A ideia é, identificado o doador compatível, o procedimento seja realizado no centro disponível, desde que com a anuência do paciente.

— Isso dará mais agilidade.

Estadão Conteúdo

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