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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sete hábitos incorretos mantidos na cozinha

Lavar o frango antes de iniciar a preparação, por exemplo, pode causar intoxicações e infecções alimentares graves
 
Você faz o churrasco e não lava os espetos para que eles não enferrujem? Lava o frango antes de começar a preparar o almoço? Ou corta carne e brócolis na mesma tábua? Se a resposta é sim para qualquer uma dessas questões, então sua saúde está em perigo. A segurança alimentar é uma das grandes preocupações, principalmente em pessoas na terceira idade, que sofrem mais com intoxicações e infecções alimentares.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, 1,8 milhão de pessoas morrem em decorrência da ingestão de alimentos contaminados.

Raquel Chesini, professora de Gastronomia da Unisinos e especialista em segurança alimentar, explica os sete principais hábitos errados que cometemos na cozinha e que podem prejudicar a saúde.
 
1. Cortar carnes cruas e vegetais na mesma tábua
Seja em tábua de madeira ou de plástico, cortar carne crua e, sem lavar, cortar vegetais no mesmo lugar é chamado de contaminação cruzada. As carnes cruas vêm com uma carga de micro-organismos que passam diretamente para os vegetais. Os micro-organismos da carne serão eliminados durante o cozimento, mas, como os vegetais são consumidos crus, levam para a mesa uma diversidade de problemas.
 
2. Não cuidar a temperatura dos alimentos
A ideia é fazer aquele frango, que está congelado, no jantar.
 
– Muitas pessoas estão acostumadas a tirarem o alimento do freezer bem cedo e deixá-lo na bancada da cozinha para descongelar em temperatura ambiente. E é exatamente isso que dá condições para os micro-organismos se multiplicarem. Assim como não se pode congelar nada quente, não se pode descongelar rápido – explica a professora.
 
O ideal é baixar do freezer à geladeira para que, ao longo do dia, o alimento adquira a forma ideal para cocção.
 
3. Lavar o frango
Uma campanha da agência de segurança alimentar britânica Food Standards Agency (FSA) alerta para os riscos de lavar o frango antes de iniciar a preparação. Chesini aponta que a água dá condições perfeitas para que os micro-organismos se multipliquem.
 
– Água e temperatura entre sete e 60 graus são condições ideais para proliferação de bactérias e tornar o alimento mais inseguro – aponta a especialista.
 
Esse hábito espalha a bactéria Campylobacter, que, quando em contato com o organismo humano, causa intoxicações alimentares severas que podem levar à morte.
 
4. Comprar comida colonial na beira da estrada
– Na verdade, é uma colônia de bactérias que se forma nesses ambientes. Pescados, leite e derivados, linguiças, mel e ovos devem ser comprados em estabelecimentos com inscrição, seja municipal, estadual ou federal.
 
5. Manter os ovos em ambientes abertos, mesmo na geladeira
Ovos devem ficar em potes com tampa. Os ovos fora da geladeira duram em média 22 dias; e, dentro, 30 dias. A salmonela, principal bactéria presente no alimento, só é eliminada com temperaturas acima dos 60 graus.
 
– Gema dura deve ser a principal regra. Nunca gema mole. A salmonela vive na casca do ovo e, quando quebramos a casca, ela entra no alimento e também causa doenças que podem levar à morte – indica Chesini.
 
6. Reaquecer a comida
A sobra de comida do almoço, muitas vezes, vai para a geladeira para ser requentada no jantar. Novos micro-organismos podem passar a viver nos alimentos. Portanto, o ideal é ferver a comida novamente e não apenas amorná-la.
 
7. Não limpar os espetos depois do churrasco
Aquela ideia de que espetos engordurados não enferrujam é verdade até certo ponto. Espetos sujos de gordura são ambientes ideais para manter bactérias que causam doenças seriíssimas. A dica é: lavar os espetos sempre logo depois de assar a carne, secá-los e passar um pouco de óleo.
 
Zero Hora

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