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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Hospital abre sindicância no RS após ter nome citado em máfia das próteses

Foto: Reprodução/TV Globo: Cirurgião Fernando Sanchis
negou, ao Fantástico, participação do esquema em próteses
Dom João Becker, de Gravataí, diz que não autorizou uso em orçamentos. Reportagm de Giovani Grizotti denunciou esquema no Fantástico

A direção do Hospital Dom João Becker, de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, disse que não autorizou o uso do nome da instituição em orçamentos falsos elaborados pelo ortopedista Fernando Sanchis e que abriu uma sindicância para apurar o caso, revelado em reportagem sobre a máfia das próteses no Fantástico deste domingo (4).
 
Em nota, o Hospital Nossa Senhora das Graças, onde Sanchis é chefe do serviço de traumatologia, afirmou que não recebeu denúncias de falsificação de assinaturas e que os orçamentos são de responsabilidade do médico.
 
O cirurgião nega que receba comissão de fornecedores de próteses, mas reconhece que pode ter assinado laudos em nome de outros médicos (confira no vídeo ao lado). O esquema, conforme a reportagem, funcionava da seguinte maneira: depois de esperar anos na fila do SUS, pacientes procuram os hospitais para uma consulta. Mas os médicos os encaminham para escritórios de advocacia. Com documentos falsos e orçamentos de cirurgia superfaturados, são montados pedidos de liminar para obrigar o governo a bancar os procedimentos.
 
Em um dos casos, um perito analisou os detalhes de três orçamentos apresentados por um advogado à Justiça. Ele oferecia aos desembargadores o menor valor para o procedimento, que era do ortopedista Fernando Sanchis. A conclusão do perito Oto Henrique Rodrigues é de que as assinaturas foram falsificadas.
 
O valor do material que seria utilizado na cirurgia era de R$ 151 mil. O fornecedor era a Intelimed, de Porto Alegre. A empresa paga comissões de até 20% aos médicos que indicam seus produtos.
 
Outro caso relacionado ao ortopedista Fernando Sanchis mostra um pedido de liminar para que o plano bancasse uma cirurgia de coluna de um homem de Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul. O advogado indicado por Sanchis entrou com o pedido, orçado em R$ 110 mil. O plano conseguiu suspender a liminar e fez a mesma operação por pouco mais de R$ 9 mil, uma diferença de mais de R$ 100 mil pelo mesmo procedimento.
 
O esquema prejudica os pacientes porque depois que as liminares são rejeitadas, eles têm de voltar para a fila do SUS. Pelo menos 65 pedidos sob suspeita foram descobertos pelos procuradores gaúchos.
 
G1

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