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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Ministério da Saúde alerta para riscos de fraturas no período do Carnaval

Grandes aglomerações de foliões e excessos no consumo de álcool podem resultar em lesões, escoriações, luxações e até graves fraturas
 
Época de alegria e de folia nas ruas, o carnaval também é um período de muitos excessos, do consumo exagerado de bebidas alcóolicas a brincadeiras desagradáveis. Atento a isso, o Ministério da Saúde alerta que essas situações podem contribuir para que ocorram brigas e confusões em blocos, bailes, escolas de samba, entre outros locais com aglomeração de pessoas. Especialista em trauma do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) explica que as consequências de uma briga de rua, por exemplo, são inúmeras, como lesões, escoriações, entorses, luxações e até graves fraturas.

“Nestas situações, a cabeça e o rosto são as áreas do corpo mais atingidas, podendo produzir fraturas no nariz ou nos ossos da face, deixando a vítima da agressão desacordada”, explica o chefe do Centro de Trauma do Into, o ortopedista Leonardo Rocha. Os ferimentos podem ser provocados por chutes, socos, cabeçadas e materiais contundentes ou perfurantes, como facas, garrafas, pedaços de madeira, entre outros objetos.

Segundo o médico, os agressores também podem não ficar ilesos ou ter sérias complicações e infecções; fraturas de mão, que são tratadas com imobilização; e de antebraço, devido ao movimento de defesa corporal. As fraturas nos ossos da perna ocorrem devido a chutes ou a objetos contusos. Há ainda lesões graves na pele provocadas por fratura exposta, que podem acarretar em infecção óssea e devem ser tratadas de emergência com cirurgia para descontaminação das feridas e estabilização da fratura.

“Os casos podem variar muito, mas todas as lesões produzem algum tipo de sequela, sejam cicatrizes físicas ou psicológicas, podendo gerar ainda limitações funcionais temporárias ou permanentes. O tratamento poderá ser simples, como os cuidados dos ferimentos ou até mesmo ter a necessidade de intervenções cirúrgicas”, destacou.

Para o especialista, as pessoas devem evitar, ao máximo, atitudes violentas e confusões nestes eventos. Não se envolver em brigas nem para separar, pois poderá se machucar. Mas se porventura a agressão acontecer, procure o atendimento médico de emergência mais próximo e não utilize produtos sem orientação de um profissional de saúde.

Por Maria Beatriz Fafiães - Into
Atendimento à Imprensa
(21) 2134 5145
 
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