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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Programa de Aids recruta ativistas, gays, travestis e usuários de drogas para fiscalizar ações do SUS

Governo quer formar lideranças dessas populações para acompanhar políticas no tratamento da doença
 
Brasília - O Ministério da Saúde, em parceria com três organismos da ONU, está recrutando 50 jovens, entre 18 e 26 anos, para atuarem no acompanhamento de ações nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e no controle social do tratamento de pacientes com HIV/Aids.

O Programa de Aids do ministério quer avaliar como está se dando esse atendimento. Os interessados precisam ser ativista, militante e fazer parte de populações consideradas chaves para essa tarefa, como pessoas vivendo com HIV/Aids, gays e outros homens que mantêm relações sexuais com homens, travestis e transexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas e pessoas que atuam em políticas de redução de danos.
 
O curso foi batizado de "Formação de novas lideranças das populações-chaves visando o controle social do SUS no âmbito do HIV/Aids", que será realizado em Brasília em maio. O objetivo é que, depois de preparados, esses agentes acompanhem a execução e fiscalizem as políticas de saúde.
 
No formulário de inscrição, os jovens interessados, entre outros dados, preenchem qual seu sexo biológico - masculino, feminino ou intersexual -; a identidade de gênero - travesti, mulher transexual, homem transexual -; sua orientação sexual - heterossexual, homossexual, bissexual, pansexual, assexual; se faz uso da cadeira de roda, se apresenta alguma mobilidade reduzida e se tem alguma restrição alimentar.
 
O interessado também precisa comprovar habilidades potenciais de liderança para se tornar um ativista social em saúde. Anexo ao currículo, o candidato terá que entregar uma carta de motivação, detalhando as razões e suas qualidades para ser selecionado. Integram o projeto a Unaids, Unicef e Unesco, órgãos vinculados à Organização das Nações Unidas (ONU).
 
O Globo

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