Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 2 de abril de 2015

Estudo questiona efeitos colaterais da finasterida, Santo Graal dos carecas

Foto: Charles Dharapak/AP - Em altas doses, finasterida é
indicada para tratar aumento e câncer de próstata
Finasterida combate a calvície interferindo na testosterona. Redução da libido e impotência são possíveis efeitos colaterais
 
Nenhum dos 34 testes clínicos com finasterida, um remédio muito popular para combater a calvície, fornecem dados suficientes sobre os possíveis efeitos colaterais na sexualidade de seus consumidores, segundo estudo publicado nesta quarta-feira (1º).
 
"Os pacientes e os médicos que o prescrevem supõem que este medicamento não oferece perigos, mas a verdade é que não há informação suficiente para estarem seguros disso", explica Steven Belknap, professor adjunto de dermatologia na Universidade Northwestern em Chicago (Illinois, norte) e principal autor da investigação.
 
O estudo - publicado no "Jornal da Associação Americana de Medicina" (JAMA, na sigla em inglês) - desperta questões sobre a segurança deste medicamento, conhecido como finasterida e comercializado com os nomes de Propecia e Proscar.
 
Aprovada em 1992, a finasterida combate a calvície interferindo na testosterona. O gigante farmacêutico Merck lista entre seus efeitos colaterais a redução da libido, a impotência e problemas na ejaculação, entre outros.
 
Além disso, o estudo de Belknap e de sua equipe mostra que estes efeitos secundários ainda não foram adequadamente estudados.
 
Efeitos na sexualidade
"Nenhum dos 34 testes clínicos publicados fornecem informação adequada sobre a gravidade, frequência ou reversibilidade dos efeitos colaterais na sexualidade", informa o texto.
 
Isto deixa interrogações sobre o verdadeiro risco de sofrer efeitos colaterais sexuais, quanto podem durar, quão graves podem ser e se a função sexual pode voltar à normalidade depois de que seja interrompido o tratamento com a finasterida.
 
A maioria dos estudos existentes baseia suas conclusões sobre a segurança do medicamento após um ano de tratamento, embora cerca de um terço dos homens que o tomam continuam o tratamento por um período maior.
 
Relação risco/benefício
"Se houver essa informação e ela não tiver sido incluída nos artigos publicados? E se estes testes clínicos foram feitos de tal forma que não capturaram estes dados básicos?" - questionou Belknap. "E, sobretudo: É aceitável a relação de risco/benefício da finasterida?".
 
O estudo liderado por Belknap se baseou em uma meta-análise que incluiu os dados de mais de 5.700 homens que tomaram finasterida, um remédio que foi inicialmente desenvolvido para tratar o aumento da próstata.
 
A Merck respondeu que "conduziu testes clínicos bem elaborados e apoia seus resultados, os quais foram enviados à FDA (agência americana que regula os medicamentos) e outras agências regulatórias do mundo".

G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário