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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Suor atrai mosquito? Tomar vitamina B o afasta? Veja mitos e verdades

Com a chegada do verão parece que os mosquitos começam a atacar. Quase ninguém consegue escapar desses insetos e, consequentemente, das coceiras. O pior é esperar o ano todo para usar um short ou bermuda e revelar dezenas de pontos vermelhos espalhados pela perna
 
Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Carolina Marçon, o mosquito gosta muito de umidade, então, a pele suada atrai mais os insetos, assim como o odor exalado.
 
"A atração pelo inseto é determinada, principalmente, por uma predisposição individual genética, pois vai depender do cheiro que o corpo do indivíduo exala e das sustâncias químicas presentes no suor, como o ácido láctico. Essa predisposição varia por uma combinação de fatores, como a composição da pele, das condições metabólicas etc.", diz.
 
No verão, de fato, as picadas são mais frequentes por dois fatores. "No frio, o indivíduo se cobre e, consequentemente, se protege mais com as roupas. E na época do calor, existem mais mosquitos por conta da chuva, que é um fator de proliferação do inseto", diz o alergista e presidente da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), José Carlos Perini.
 
Tratamento
"Há um mito de que a vitamina B 12 ou o complexo B, como, por exemplo, a levedura de cerveja, eliminada pela pele modifica o odor do indivíduo e, com isso, o inseto não se aproxima. Mas, experiências já mostraram que mesmo que você passe a vitamina na pele, ainda assim os insetos picam", afirma o alergista.
 
Se a picada for comum e o indivíduo não for alérgico, Perini indica colocar gelo em cima como forma de tratamento, para aliviar a coceira e não deixar irritar. Cremes e anti-histamínicos, que são os remédios antialérgicos, devem ser prescritos pelo médico, pois variam de acordo com a idade e o peso do paciente, enfatiza o alergista.
 
A vacina também pode ser usada em caso de pessoas alérgicas, que dessensibilizam os efeitos das picadas.
 
No caso dos ambientes, o médico indica o uso de inseticidas à base de água, que não deixam odor, e diz para evitar o uso de repelentes que tem de ligar na tomada, pois estes acabam poluindo o local por um período muito longo.
 
A dermatologista Carolina Marçon alerta para o uso de repelentes em crianças. "A pele da criança é mais fina e as substâncias acabam penetrando mais. Por isso, o uso de repelentes é indicado apenas para crianças acima de dois anos. E, mesmo assim, o produto deve ser próprio para criança, que é menos tóxico", afirma.
 
Veja mitos e verdades sobre picadas de mosquitos:
 
Todos os insetos que voam podem picar o ser humano
MITO: O alergista José Carlos Perini afirma que a maioria dos insetos não ataca os seres humanos. Os insetos que picam, o fazem por duas razões. A primeira é para sugar o sangue, que são os hematófagos, como pulga, mosquito e carrapato. A segunda razão é para injetar veneno, como forma de proteção, como por exemplo, a vespa e o marimbondo. Estes dois tipos de insetos podem causar alergias.
 
Saliva ajuda a combater a inflamação causada pela picada
MITO: "Isso não ajuda em nada. A boca é totalmente contaminada, pois há a presença de bactérias e fungos. Pelo contrário, a saliva aumenta o rico de infecção da área lesionada", afirma Carolina Marçon, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
Todos os insetos que voam podem picar o ser humano
MITO: O alergista José Carlos Perini afirma que a maioria dos insetos não ataca os seres humanos. Os insetos que picam, o fazem por duas razões. A primeira é para sugar o sangue, que são os hematófagos, como pulga, mosquito e carrapato. A segunda razão é para injetar veneno, como forma de proteção, como por exemplo, a vespa e o marimbondo. Estes dois tipos de insetos podem causar alergias.
 
Nosso suor atrai o inseto
VERDADE: "O mosquito gosta muito de umidade, então, a pele suada atrai mais os insetos, assim como o odor exalado. A atração pelo inseto é determinada, principalmente, por uma predisposição individual genética, pois vai depender do cheiro que o corpo do indivíduo exala e das sustâncias químicas presentes no suor, como o ácido láctico. Essa predisposição varia por uma combinação de fatores, como a composição da pele, das condições metabólicas etc.", afirma a dermatologista Carolina Marçon.
 
Comer determinados alimentos ajuda a evitar picadas de mosquito
MITO: Alguns estudos mostram que as pessoas não possuem um odor característico que repele os insetos. Então, comer um alimento não é suficiente para modificar o odor da pele, diz o alergista José Carlos Perini.
 
Alguns tecidos de roupa conseguem afastar insetos e evitar picadas
PARCIALMENTE VERDADE: "O inseto vai para onde tem pele. Onde tem tecido, naturalmente, ele não consegue picar. As roupas funcionam como uma barreira mecânica e não como repelente", afirma o alergista José Carlos Perini.
 
Repelente não é capaz de evitar picada de todos os insetos
VERDADE: O repelente é uma substância química que vai mudar o odor da pele, tornando-a menos atrativa para o inseto, explica a dermatologista Carolina Marçon. Cada substância repele um tipo de inseto, como o ativo DEET, que age contra mosquitos e carrapatos. Segundo o alergista José Carlos Perini, os repelentes conseguem evitar os mosquitos do dia a dia, que são os hematófagos, inclusive o Aedes aegypti, causador da dengue. Mas insetos como abelha, marimbondo e vespa não sofrem o efeito.
 
Alguns tipos sanguíneos atraem mais os mosquitos
MITO: "Não há nenhuma relação do tipo sanguíneo com a atração aos insetos", diz o alergista José Carlos Perini.
 
Tomar vitamina B12 ou composto B faz a pele exalar um cheiro que afasta mosquito
MITO: "Há um mito de que a vitamina B, como por exemplo, a levedura de cerveja, eliminada pela pele modifica o odor do indivíduo e, com isso, o inseto não se aproxima. Mas experiências já mostraram que mesmo que você passe a vitamina na pele, ainda assim os insetos picam", afirma o alergista José Carlos Perini.
 
Entrar no mar ajuda a cicatrizar picadas de inseto
PARCIALMENTE VERDADE: Segundo o alergista José Carlos Perini, a água salgada do mar funciona como soro e pode ajudar na higiene do local, mas não seria o método de tratamento convencional. "Mas a água deve ser limpa", alerta Perini.
 
Mosquito é atraído por certas cores de roupa
MITO: "O que a gente sabe é que a luz amarela, aparentemente, não atrai os insetos, tanto que hoje as cidades são iluminadas assim, como uma forma de repelir os insetos na área urbana. Mas as roupas não têm esta característica", diz o alergista José Carlos Perini.
 
Perfume doce atrai mais insetos
VERDADE: Os perfumes mais adocicados podem atrair abelhas, que os confundem com o odor da flor, afirma o alergista José Carlos Perini.
 
Os mosquitos picam mais à noite
PARCIALMENTE VERDADE: Segundo o alergista José Carlos Perini, a maior parte dos mosquitos pica na virada do dia, tanto no amanhecer quanto no anoitecer. "Esses dois momentos, para o mosquito em particular, é mais crítico. Mas, por exemplo, o Aedes aegypti pica principalmente durante a manhã. Assim como as abelhas e marimbondos, que picam durante o dia. Varia de acordo com o comportamento animal de cada espécie".
 
Desodorante evita picadas
MITO: De acordo com o alergista José Carlos Perini, o desodorante não tem este poder, já que geralmente é apenas uma mistura de perfume com um antisséptico, não tendo nenhuma ação na percepção dos insetos.
 
Calor favorece picadas mais do que frio
VERDADE: "Existem dois fatores nesta afirmação. Primeiramente, no frio, o indivíduo se cobre e, consequentemente, se protege mais. E na época do calor, existem mais mosquitos por conta da chuva, que é um fator de proliferação do inseto", afirma o alergista José Carlos Perini.
 
Citronela é um repelente natural de qualquer mosquito
VERDADE: Segundo a dermatologista Carolina Marçon, o odor das velas de citronela e andiroba repele o mosquito causador da dengue, o Aedes aegypti, mas elas possuem uma área de cobertura pequena, cerca de 10m² apenas. Já a citronela de uso tópico é eficiente como um repelente natural, isto é, não é tóxica. Marçon, no entanto, indica o repelente à base de DEET, que já é empregado há mais de 40 anos, é mais efetivo e tem uma baixa toxidade.
 
Passar álcool ou vinagre na pele ajuda a evitar coceira
MITO: Segundo a dermatologista Carolina Marçon, o álcool e o vinagre são agressivos para a pele. "O indivíduo vai acabar gerando mais irritação e até coceira", diz.
 
UOL

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