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terça-feira, 19 de abril de 2011

Álcool: não há dose segura Alcohol: no safe dose

Especialistas alertam que mesmo o consumo moderado pode elevar o risco de câncer de mama
Experts warn that even moderate drinking may raise the risk of breast cancer

A lista dos possíveis fatores que elevam o risco de câncer de mama cresce a cada ano. Obesidade e sedentarismo têm seus efeitos danosos comprovados em números e estatísticas.

A novidade no tema, embora ainda sem garantias oficiais, aponta que o consumo moderado de álcool também aumenta as chances da doença.

Fabiana Baroni Makdissi, mastologista do Hospital A.C Camargo, explica a relação usando a metáfora da balança: os fatores de risco estão de um lado, e os de proteção, no outro. Nesse caso, endossa a médica, o desequilíbrio é condição para aumentar ou não a chance de aparecimento da doença. Quanto maior for o peso da proteção menor serão os riscos.

A especialista diz que a matemática é simples. O câncer está diretamente relacionado à qualidade de vida. “Ainda não temos como dominar e controlar a doença, mas tudo que for possível fazer para deixar o organismo equilibrado, é benéfico e diminui as chances dela aparecer.”

Segundo Fabiana, o câncer de mama é multifatorial, ou seja, causado por diversos fatores. A obesidade, o sedentarismo e o consumo de álcool não desencadeiam a doença sozinhos, mas potencializam os riscos. “Nascer mulher e estar envelhecendo também são fatores de risco para o surgimento da doença. Estes dois não temos como mudar, mas os outros fatores sim. A manutenção da saúde, é responsabilidade de cada um.”

Na teoria, os médicos revelam que consumir 120 ml de vinho (o equivalente a uma taça) ou 275 ml de cerveja, quantidade inferior a uma latinha, por dia já é considerado uma dosagem de risco. O ideal, aponta a mastologista, seria limitar a ingestão a celebrações e ocasiões especiais e, ainda assim, manter a disciplina.

"As mulheres que consomem álcool apresentam níveis elevados de hormônios, em especial o estrógeno e, em particular, o estradiol, que é um tipo de estrógeno, o hormônio considerado como o grande vilão do câncer de mama", esclarece a mastologista.

Alguns estudos sugerem que a bebida aumentaria a suscetibilidade à carcinogênese - seqüência de eventos que culmina no aparecimento do câncer no tecido mamário. O álcool causaria também dano no DNA (molécula que armazena as informações genéticas) das células e ampliaria o potencial metastático (capacidade que as células do tumor têm de se espalhar para outras partes do copo) das células tumorais.

Felipe Andrade, mastologista do Hospital Sírio Libanês de São Paulo, explica que o álcool e a gordura têm uma influência negativa sobre o hormônio feminino. “O câncer é um tumor que se alimenta de hormônios. A gordura estimula a produção do estrogênio, que é extremamente prejudicial à mulher, e o álcool sinaliza esse hormônio de forma negativa.”

Apesar de os estudos ainda serem inconclusivos, o médico não descarta a importância do alerta. “Embora ainda não tenhamos dados que decifrem de que forma essa sinalização é feita, já sabemos que a relação entre o álcool e o estrogênio é negativa, o que exige um cuidado redobrado.”

The list of possible factors that increase the risk of breast cancer increases every year. Obesity and inactivity have proven its harmful effects on numbers and statistics.

The novelty of the topic, although no official assurances, indicates that moderate consumption of alcohol also increases the chances of the disease.

Fabiana Baroni Makdissi, breast cancer specialist at the Hospital AC Camargo, explains the relationship using the metaphor of balance: the risk factors are on one side and protection on the other. In this case, endorses the medical condition the imbalance is to increase or no chance of getting the disease. The greater the weight of protection will be less risk.

The expert said the math is simple. The cancer is directly related to quality of life. "We do not have to dominate and control the disease, but all we can do to make the body balanced, it is beneficial and reduces the chances of it showing up."

According to Fabian, breast cancer is multifactorial, that is, caused by several factors. Obesity, sedentary lifestyle and alcohol consumption did not cause the disease alone, but potentiate the risk. "Being born a woman and getting older are also risk factors for onset of disease. These two do not have to change, but rather other factors. The maintenance of health, it is the responsibility of everyone. "

In theory, doctors reveal that consuming 120 ml of wine (the equivalent of a cup) or 275 ml of beer, much less than a can per day is already considered a measurement of risk. Ideally, points to breast cancer specialist, would be to limit your intake to special occasions and celebrations and still maintain discipline.

"Women who consume alcohol have elevated levels of hormones, especially estrogen, and in particular estradiol, which is a type of estrogen, a hormone considered the villain of breast cancer," clarify the breast cancer specialist.

Some studies suggest that drinking would increase susceptibility to carcinogenesis - sequence of events culminating in the appearance of cancer in breast tissue. Alcohol would also cause damage to DNA (the molecule that stores genetic information) of cells and expand the metastatic potential (ability of tumor cells have to spread to other parts of the cup) of tumor cells.

Felipe Andrade, mastologist Syrian Lebanese Hospital in Sao Paulo, says that alcohol and fat have a negative influence on the female hormone. "Cancer is a tumor that is fed by hormones. The fat stimulates the production of estrogen, which is extremely harmful to women, and alcohol leptin signaling in a negative way. "

Although studies are still inconclusive, the doctor did not rule out the importance of the alert. "While we have not data to decipher how this signaling is done, we know that the relationship between alcohol and estrogen is negative, which requires extra care."

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