Especialista explica: consumo calórico pode variar em cada pessoa e até a função renal influencia
A regra matemática para perder peso é uma equação simples: é preciso gastar mais calorias do que o que é consumido em um dia.
Seguindo este princípio básico, é possível enxugar medidas e afinar a silhueta em pouco tempo.
Mas, segundo a médica especializada em medicina ortomolecular, Sylvana Braga, ao menos 10 fatores influenciam no gasto calórico e na quantidade ideal de calorias a ser consumida por cada um.
“Não existe uma quantidade ideal de calorias por pessoa. Depende do gasto calórico diário, que pode ser medido por aparelhos de bioimpedância. Estes aparelhos medem a quantidade de massa magra, massa gorda e água. Eles fornecem a composição corporal. Dependendo da pessoa, a dieta pode variar de 1200 calorias até 2000 calorias (diárias)”, explica ela.
Segundo Sylvana, o ideal é comer mais calorias pela manhã, um pouco menos a tarde e bem menos a noite. “É melhor comer mais proteína à noite e mais carboidrato pela manhã e ao meio do dia. Em proporção seria aproximadamente: 20% no café da manhã, 50% no almoço e 30% no jantar. Mas, há diferenças caso a pessoa faça atividade física à noite.”
Os fatores que influenciam no gasto calórico:
1) Atividade física
É a mais importante aliada da dieta. Além de definir o corpo, os exercícios também contribuem para melhorar a saúde cardiovascular. De quebra, os praticantes ainda ganham aval para ingerir mais calorias, já que o gasto tende a ser maior.
2) Alimentação
Os especialistas já "aposentaram” a palavra dieta e agora só usam o termo “plano alimentar”. Escolher alimentos saudáveis, coloridos e com baixo índice glicêmico são a chave para perder peso sem o risco do “efeito sanfona”.
3) Metabolismo Basal
Cada pessoa tem o seu metabolismo e o ritmo do corpo – aquele que define o gasto calórico – é o que faz alguns terem mais facilidade do que outros para emagrecer. Muitos alimentos, como a canela, são famosos por acelerar o metabolismo e também acelerar o trânsito intestinal.
4) Estresse
A ciência já comprovou: o estresse engorda. E, no mundo atual, é difícil driblar este vilão do bem-estar. Algumas táticas, como a própria atividade física, são benéficas e reduzem o nível de cortisol, o hormônio do estresse, da corrente sanguínea.
5) Sono
Uma bela noite de sono, com oito horas em média, reforça o sistema de defesa do organismo e ajuda, entre outras coisas, a emagrecer. Não negligencie a importância do descanso na rotina.
6) Idade
Na prática, as mulheres, em especial, já sabem que com o passar dos anos a tarefa de emagrecer fica ainda mais árdua. Na menopausa, por exemplo, mais da metade delas tem sobrepeso, já evidenciou uma pesquisa. O consumo calórico ideal, portanto, também diminui. Outro segredo, como conta Helô Pinheiro, a eterna garota de Ipanema, é acostumar que o jeans 38, uma hora, é ampliado para 40, sem que isso seja um problema.
7) Hormônios
Segundo a médica Sylvana Braga, os hormônios – em excesso ou em déficit – influenciam no gasto calórico. Ela afirma que os hormônios mais influentes no gasto calórico são: os produzidos pela tireoide, os femininos, os do crescimento, e os produziodos pela suprarrenal.
8) Função renal
A boca é, de fato, a parte do corpo que mais contribui para engordar ou emagrecer. Mas outros órgãos também participam deste processo. Um deles é o rim. Segundo a médica Sylvana Braga, as funções renais de cada pessoa também influenciam no gasto calórico diário. Mas isso só pode ser avaliado por um especialista.
9) Sódio, Potássio, Lítio
O trio é importante para o emagrecimento e um dos princípios básicos da dieta ortomolecular. Os médicos reiteram que mais do que ajudar a emagrecer, o equilíbrio destes nutrientes é importante para a prevenção de doenças e bom funcionamento do organismo. Sobre o sódio, os cardiologistas já estão empenhados em reduzir esta substância, presente no sal de cozinha e também nos produtos industrializados (inclusive os diet e os adocicados).
10) Neurotransmissores cerebrais
Segundo Sylvana, outros influentes no gasto calórico são os neurotransmissores como a serotonina, adrenalina, noradrenalina, dopamina e gaba, muitos deles produzidos com a ajuda de alimentos.
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