O Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Instituto Fernandes Figueira, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, criaram um programa de capacitação de ginecologistas para padronizar o diagnóstico do câncer de colo de útero no País. Doze Estados iniciaram o processo de criar centros regionais de qualificação dos profissionais. O programa divulgará as novas diretrizes para o rastreamento desse câncer, conforme o Estado antecipou em março. As novas normas serão divulgadas oficialmente no 14.º Congresso Mundial de Colposcopia e Patologia Cervical, que começa no dia 4, no Rio.
"Algumas escolas ainda ensinam que se deve esperar a biopsia para tratar a lesão, enquanto a recomendação internacional é ser o mais ágil possível e tratar a lesão na hora do exame", afirma o médico Fábio Russomano, vice-diretor de ensino do Fernandes Figueira.
Novas regras. Entre as novas diretrizes está a que prevê a ampliação da faixa etária para o exame preventivo até os 64 anos, em vez dos 59 atuais. Outra estabelece que paciente que tenha tratado de lesão precursora de câncer deve fazer dois exames no primeiro ano, com intervalo de seis meses, e repeti-lo a cada três anos. A diretriz anterior previa o acompanhamento de pacientes com menos de 20 anos, diagnosticadas com a lesão e o tratamento assim que ela chegasse a essa idade. Agora, a recomendação será para que cada médico avalie caso a caso a melhor medida.
Essa decisão foi tomada porque o tratamento pode trazer problemas para gestações futuras, já que há a retirada de uma parte do colo do útero que pode dificultar a gravidez ou levar ao parto prematuro.
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