Deficiências de imunidade ao nascer atingem 1 a cada 3 mil pessoas; Tratamento usa reposição e vacina
Doenças inesperadas, infecções repetidas ou com evolução incomum, uma pneumonia atrás da outra. Quando esse é o quadro que se apresenta, pode ser a hora de investigar a presença de uma imunodeficiência.
O 38º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas e o 11º Congresso de Citologia Clínica, que reúnem mais de 4 mil profissionais em Curitiba desde ontem, convidaram para falar sobre o tema a médica Anete Grumach. Ela é doutora pela FMUSP, especialista em alergia e imunologia, professora na Faculdade de Medicina do ABC e membro do grupo da Associação Latino Americana de Imunodeficiências Primárias.
Anete diz que muitas vezes os clínicos não estão preparados para o diagnóstico e acabam tratando as infecções apenas como problema local. Por isso, o problema se repete.
“Afastada a possibilidade de uma imunodeficiência adquirida (HIV), é hora de pesquisar a causa imunológica”,
diz Anete. A pesquisa é feita com exames de sangue. Os tratamentos podem ser com vacina ou com reposição de anticorpos, dependendo da deficiência detectada.
No curso durante o congresso, Anete vai falar aos médicos quais os principais sinais de uma imunodeficiência. Uma vez detectado o problema, o especialista indicado para atender o paciente é o imunologista.
Baixa imunidade
- Estima-se que 1 em cada 3 mil indivíduos tenha alguma deficiência imunológica primária,isto é, ao nascimento.
- As principais manifestações são as infecções de repetição, mas pode predispor a situações como candidíase persistente,doenças autoimunes, tumores,alergias graves.
- São mais de 200 os defeitos imunológicos primários e muitos são desconhecidos pelos clínicos.
- É importante que o médico reconheça e faça uma investigação, pois há como tratá-las.
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