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terça-feira, 28 de junho de 2011

Cancro de pele pode fazer mais 10 mil vítimas este ano em Portugal

Mais 10 mil casos de melanoma, o cancro de pele mais agressivo, podem surgir este ano em Portugal, avançou hoje um representante da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC).

Cancro de pele pode fazer mais 10 mil vítimas este ano | © 123RF
Foto 123RF

Para Osvaldo Correia, os números são “preocupantes”, quer a nível nacional quer internacional, razão pela qual a “sensibilização e a prevenção” são a melhor arma contra esta doença, que regista anualmente, em média, cerca de dez mil casos em Portugal.

O responsável falava hoje à margem de um rastreio que decorreu na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, envolvendo 130 pessoas já sinalizadas pelos centros de saúde locais, das quais “30 por cento apresentaram lesões na pele, em alguns casos, graves”.

Os afetados são, segundo o clínico, oriundos da classe piscatória e agricultores, “duas das profissões de risco, porque exigem por parte dos trabalhadores uma elevada exposição ao sol”.

Mas o aparecimento do melanoma também está associado a exposições ao sol “intermitentes ou súbitas”, como acontece no verão, em dias de muito calor ou em férias esporádicas, disse ainda Osvaldo Correia.

Por isso, o risco de cancro de pele aumenta exponencialmente esta época, depois destes “golpes de calor”, porque os índices ultra violetas também “estão no seu extremo” - como acontece neste fim-de-semana, apontou ainda.

Uma alteração de comportamentos é o que pretende a APCC, ‘proibindo’ as idas à praia entre as 11:00 e as 16:00, a não utilização de chapéus e roupas adequadas e recomendando a aplicação desadequada de protetores solares.

E, se os números em Portugal são preocupantes, também a nível internacional são para refletir: “uma em cada cinco pessoas corre risco de ter cancro de pele, e uma em 50 poderá ter melanoma”, sublinhou.

O médico lembrou ainda que, todos os anos, o número de pessoas com cancro de pele “tem aumentado”, apesar de “a população estar mais sensível e alertada” para esta problemática.

Segundo Osvaldo Correia, as pessoas podem estar, agora, “a pagar erros cometidos no passado, às vezes, há mais de 20 ou 30 anos", porque "na altura, ao contrário de agora, não se conheciam os efeitos nocivos da exposição prolongada aos raios solares nem as consequências de escaldões e queimaduras solares".

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